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Tarifas de Trump já impactam alimentos no Brasil: carne cai, café sobe

Tarifas de Trump já impactam alimentos no Brasil: carne cai, café sobe

Foto: Divulgação

A ameaça do presidente americano Donald Trump de impor tarifas de 50% sobre importações brasileiras já gera impacto no Brasil. O país é o principal exportador de carnes, café, frutas e suco de laranja para os EUA. Enquanto carnes e frutas registram queda no atacado, o café sai do ciclo de baixa e começa a subir.

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Analistas veem associação entre a proposta de tarifação e os preços em queda. Porém, são cautelosos para afirmar que já é reflexo integral do “tarifaço”. Em contrapartida, a cotação do café sobe em Nova York e já repercute por aqui.

Entre março e junho, os preços da carne bovina caíram após alta de quase 21% no ano anterior. No atacado, de 24 de junho a 21 de julho, a carne caiu 7,8%. A arroba do boi gordo recuou 7,5%.

— “Os frigoríficos que têm os Estados Unidos como destino viram recuar as compras e procuram direcionar para o mercado doméstico…” explica Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea-USP.

Em agosto e setembro, essa redução pode chegar ao consumidor final. Já o economista da LCA 4Intelligence, Fábio Romão, afirma que a queda ocorre nas praças de São Paulo devido ao excesso de oferta.

Com dificuldades para exportar, aumenta a oferta interna e os preços caem, avalia Romão. Essa dinâmica deve se intensificar no mês que vem.

No setor de café, a alta é liderada pela cotação em Nova York. De 14 a 17 de julho, os preços subiram 6,8%. O produto foi vilão da inflação brasileira: atingiu alta de até 80,20% em 12 meses encerrados em fevereiro.

“A cotação interrompeu o ciclo de queda que vinha desde junho”, conclui Romão.

No segmento de frutas, a manga tommy — exportada ao Vale do São Francisco — caiu de R$ 1,50 para R$ 1,36 o quilo, entre 14 e 18 de julho. A queda reflete excesso de oferta e queda na demanda.

O impacto será maior se as tarifas entrarem em vigor em 1º de agosto, como anunciado por Trump. O Brasil já iniciou diálogo diplomático e negociações bilaterais.

Segundo especialistas, o café e o suco de laranja são os produtos mais vulneráveis.

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