O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto executivo que oficializa a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. A medida entra em vigor no próximo dia 6 de agosto, sete dias após a assinatura do documento.
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No texto, a Casa Branca justifica a decisão com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977. Segundo o decreto, trata-se de uma resposta a uma “emergência nacional” causada por ações “incomuns” e “extraordinárias” do governo brasileiro, que estariam prejudicando empresas americanas, a política externa dos EUA e a liberdade de expressão de seus cidadãos.
O documento menciona ainda o que o governo norte-americano classifica como “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente réu no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado.
Trump acusa o ministro do STF Alexandre de Moraes de abusar de sua autoridade, em especial por meio de decisões monocráticas desde 2019, que teriam como alvo opositores políticos. Nesta quarta-feira, Moraes também foi sancionado com base na Lei Magnitsky, sofrendo bloqueio de bens e outras restrições financeiras nos Estados Unidos.
“O presidente Trump está defendendo empresas americanas da extorsão, protegendo cidadãos americanos da perseguição política e salvando a economia americana de ficar sujeita aos decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico”, afirma o texto.
A decisão agrava o clima diplomático entre os dois países e pode gerar impactos significativos nas exportações brasileiras, especialmente nos setores de alimentos, bebidas, aço e tecnologia. Empresários e autoridades do Brasil aguardam uma manifestação oficial do Itamaraty e do Ministério da Fazenda.
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