O consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), cresceu 7% em novembro, na comparação com o mês anterior. Em relação a novembro de 2023, a alta é de 4,40% e, no acumulado do ano, de 2,85%.
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O resultado inclui os formatos de lojas do tipo atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e comércio eletrônico.
Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, as promoções da Black Friday ajudaram a impulsionar as vendas de novembro, que contaram com o pagamento do 13º salário, aumentando o volume no último fim de semana do mês.
“Durante a Black Friday, o consumo teve elevação de 27,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os itens mais procurados, destacaram-se artigos natalinos, bebidas, como sidras, pisco, whisky, champanhe e gin, panetones, carnes típicas de natal e frutas em calda”, disse.
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Milan também atribuiu a alta ao aumento do emprego formal, à liberação de R$ 1,3 bilhões para os aposentados a partir de julho, ao pagamento de R$ 27,7 bilhões do PIS/Pasep, ao pagamento do lote residual do Imposto de Renda (R$ 559 milhões), do Bolsa Família (R$ 14,11 bilhões) e à liberação de R$ 2,4 bilhões de Requisições de Pequeno Valor para aposentados e pensionistas.
Conforme o levantamento, os descontos oferecidos no período reduziram os preços da cesta natalina em quase 7% na média nacional.
A maior queda foi registrada em aves natalinas, panetones e sidras. O valor médio da cesta passou de R$ 345,83 para R$ 320,76, representando uma economia de R$ 25,07.
A maior redução ocorreu na região
- Sul (-11%), seguida do
- Centro-Oeste (-9,75%),
- Nordeste (-9%) e
- Sudeste (-7,5%).
Já no Norte, os preços apresentaram alta de 1,5%, devido a questões logísticas que pressionaram os custos.
A pesquisa abrange produtos de marcas próprias dos supermercados, marcas regionais e tradicionais, incluindo aves natalinas, azeite, caixas de bombons, espumantes, lombos, panetones, pernis, perus, sidras e tender. O levantamento de preços foi feito entre os dias 12 e 17 de dezembro.
Segundo a Abras, com a terceira alta consecutiva nos preços dos alimentos, novembro terminou com a AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza), em alta de 3,02% na comparação com outubro.
Os preços passaram de R$ 757,49 para R$ 780,36, na média nacional. No ano, a variação é de 8%. Em 12 meses, os itens da cesta subiram 9,46%.
Todas as carnes tiveram alta nos preços em novembro:
- carne bovina – cortes do dianteiro (+ 8,87%) e cortes do traseiro (+7,83%),
- pernil (+6,67%) e
- frango congelado (+2,50%).
A única proteína animal cujo preço caiu foi o ovo (-1,23%).
A pesquisa mostrou que a maior variação nos preços veio do óleo de soja (+11%), seguido de
- café torrado e moído (+2,33%),
- batata (+2,18%),
- extrato de tomate (+1,10%),
- leite em pó integral (+0,94%),
- açúcar refinado (+0,85%) e
- farinha de mandioca (+0,25%).
As quedas foram puxadas por
- cebola (-6,26%),
- leite longa vida (-1,72%),
- papel higiênico (-0,71%) e
- feijão (-0,51%).
As variações por região foram
- Norte (+3,94%), com os preços da cesta saindo de R$ 816 para R$ 848,16;
- Centro-Oeste (+3,30%), de R$ 716,12 para R$ 739,75;
- Sudeste (+2,98%), de R$ 776,03 para R$ 799,15;
- Nordeste (+2,45%), de R$ 675,95 para R$ 692,53, e
- Sul (+2,18%) passando de R$ 839,08 para R$ 857,34.
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