A Polícia Civil de Santa Catarina informou que o tiroteio em uma academia de Lages, ocorrido na última terça-feira (24), teve como motivação inicial uma briga por um banco de supino. O incidente, que deixou dois feridos, teve início no fim da tarde, quando dois frequentadores discutiram e precisaram ser contidos por outras pessoas no local.
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De acordo com as investigações, o autor do tiroteio e da tentativa de homicídio, identificado como Guilherme Arruma Granzotto, de 42 anos, chutou um dos envolvidos na briga e tentou agredi-lo com uma barra de ferro.
Nesse momento, o instrutor da academia e outro aluno conseguiram impedir a continuidade do ataque.
Suspeito deixou o local, mas retornou armado
Segundo o delegado Raphael Bellinati, titular da Central de Plantão Policial, o suspeito deixou o local extremamente alterado, mas antes prometeu retornar para se vingar.
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“O suspeito foi embora, bastante alterado, dizendo que mataria os dois”, relatou Bellinati.
Cerca de 20 minutos depois, Guilherme voltou à academia, procurando o instrutor. Ao encontrá-lo, partiu para a agressão física, desferindo socos. Outro aluno tentou intervir, mas percebeu que o agressor estava armado.
“O instrutor tentou desarmar o agressor, mas não conseguiu. Alguns alunos relataram que ele chegou a colocar a arma na cabeça da vítima”, completou o delegado.
Ação rápida evitou tragédia maior
No local também estava um policial penal, que reagiu à agressão com dois disparos.
O segundo tiro atingiu a coluna de Guilherme, que foi hospitalizado na Grande Florianópolis. Ele ainda não prestou depoimento, mas segundo Bellinati, ao atirar em direção ao público, ele assumiu o risco de causar uma tragédia.
“Poderia ter sido algo muito maior, uma chacina”, destacou.
Um dos tiros atingiu o instrutor na coxa. A vítima segue internada, em estado estável. Já a perícia busca confirmar a quantidade de disparos feitos com a arma de Guilherme, uma pistola Taurus calibre 6,35 mm.
Histórico de violência preocupa autoridades
Ainda segundo a Polícia Civil, essa não é a primeira ocorrência envolvendo Guilherme.
O delegado revelou que ele tem extensos antecedentes criminais, incluindo ameaças, agressões físicas e casos de violência doméstica.
“Ele tem um histórico bastante extenso de crimes relacionados à violência…”, afirmou Bellinati. A esposa do suspeito também estava presente na academia, mas ainda não foi ouvida.
Família do suspeito se manifesta
Após o ocorrido, familiares de Guilherme foram até o local do crime para oferecer apoio às vítimas. Eles demonstraram interesse em custear o tratamento médico do instrutor ferido e colaborar com possíveis despesas decorrentes do tiroteio.
A Polícia Civil aguarda os laudos da perícia e deve indiciar o suspeito por tentativa de homicídio. Até o momento, a defesa de Guilherme não foi localizada. O espaço permanece aberto para manifestação.