Esporte

Falta de árbitros no Parajasc expõe crise na Fesporte

A audiência pública conduzida pela Comissão de Esportes e Lazer da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), realizada nesta quarta-feira (12), teve foco na falta de árbitros no Parajasc que expôs crise na Fesporte – Fundação Catarinense de Esporte, especialmente diante dos recentes contratempos na organização do evento em Blumenau.

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O cancelamento das modalidades de atletismo e bocha paradesportiva devido à ausência de árbitros foi o ponto central de debate, afetando diretamente cerca de 800 atletas que esperavam competir.

Durante o encontro, diversos participantes criticaram a gestão da Fesporte, apontando falta de pessoal, problemas estruturais e déficit orçamentário como causas principais para a crise enfrentada.

A ausência de árbitros foi atribuída a falhas na gestão de recursos humanos da fundação, com acusações de que o presidente da entidade tinha conhecimento prévio dos problemas que resultariam no cancelamento das competições.

Freibergue do Nascimento, presidente da Fesporte, admitiu durante a audiência que a resolução utilizada para o pagamento de diárias aos árbitros é contestada por ser considerada legalmente frágil e inconstitucional.

Ele enfatizou a necessidade urgente de encontrar uma solução para garantir a continuidade do calendário esportivo do estado, evitando novos prejuízos aos atletas e às modalidades esportivas envolvidas.

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Os deputados presentes, liderados pelo proponente da audiência, Fernando Krelling (MDB), expressaram preocupação com o impacto negativo que o cancelamento de competições pode ter não apenas para os atletas, mas também para os municípios envolvidos e para o sistema de bolsas-atleta.

Krelling destacou a importância do diálogo entre a Fesporte e as federações esportivas como chave para resolver os impasses existentes e evitar futuras crises.

Representantes das federações esportivas, como Deraldo Opa da Federação Catarinense de Atletismo, e membros do Conselho Estadual do Esporte (CED) também participaram da audiência, reforçando as críticas à falta de comunicação e planejamento da Fesporte. Alziro Golfetto, representante das federações junto ao CED, lamentou a ausência de reuniões e diálogo efetivo com a fundação, enfatizando a necessidade de uma gestão mais transparente e participativa.

Em resposta às críticas, Nascimento propôs a possibilidade de realizar as competições de atletismo e bocha em Jaraguá do Sul, no próximo mês de agosto, como uma forma de remediar parte dos danos causados pelo cancelamento em Blumenau.

Contudo, as perspectivas para o sucesso desses eventos foram recebidas com ceticismo por alguns participantes, que apontaram dificuldades financeiras e desmotivação entre os atletas como obstáculos significativos a serem superados.

Silvia Helena Zatta

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