Há 58 anos, SE Perdigão fazia história no futebol catarinense

Em 16 de abril de 1967, a Sociedade Esportiva Perdigão entrou para a história ao conquistar o Campeonato Catarinense de Futebol, tornando-se o primeiro clube do Oeste de Santa Catarina a alcançar esse feito. A vitória aconteceu no Estádio Oscar Rodrigues da Nova, em Joaçaba, contra o Comercial, e garantiu o título estadual de 1966 à equipe de Videira.

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Formada por funcionários da Perdigão, a equipe viajava em duas Kombis e, mesmo com recursos limitados, demonstrou talento, união e determinação.

A trajetória começou em 1964, quando um grupo de apaixonados pelo futebol, liderado por Flávio e Fioro Brandalise, se reuniu nas dependências da empresa para fundar a nova equipe.

A primeira diretoria foi formada por Flávio Brandalise (presidente), Silvio dos Passos (vice-presidente), Varteli Trancoso (tesoureiro), Sergio Vargas (secretário), Plauto Grazziotin (diretor de esportes) e Fioro Brandalise (diretor social).

Já no ano seguinte, a Perdigão conquistou o campeonato municipal de forma invicta, o que lhe garantiu vaga no estadual de 1965, onde terminou em quarto lugar.

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Em 1966, a equipe repetiu o título municipal e garantiu novamente vaga no Campeonato Catarinense. No zonal Oeste, enfrentou times como Comercial (Joaçaba), Sadia (Concórdia), Guarani (Xaxim), Vasco da Gama (Caçador), Guaycurus (Concórdia), Cruzeiro (Joaçaba) e Atlético (Chapecó). Terminou a fase em primeiro lugar, avançando ao quadrangular final contra Almirante Barroso (Itajaí) e Metropol (Criciúma).

O quadrangular decisivo começou em 12 de março de 1967. A Perdigão venceu o Almirante Barroso por 3 a 0 em casa, empatou fora de casa com o poderoso Metropol e venceu novamente o Comercial por 3 a 0 no Estádio Luiz Leoni.

Na sequência, perdeu por 2 a 0 para o Almirante em Itajaí, mas se recuperou com uma vitória marcante por 2 a 0 sobre o Metropol, diante de um público de cerca de 12 mil pessoas, em Videira.

Na última rodada, enquanto Perdigão enfrentava o Comercial em Joaçaba, Almirante e Metropol se enfrentavam em Criciúma. O time de Videira dependia apenas de si.

O jogo começou movimentado: o jogador Barra Velha abriu o placar para o Comercial, mas Zinho, artilheiro do campeonato, empatou ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, Barra Velha marcou novamente de pênalti, dando a vitória para o Comercial e aumentando a tensão.

Sem a comunicação instantânea dos dias atuais, a equipe aguardava com ansiedade o resultado de Criciúma. Lá, Gama abriu o placar para o Metropol, mas Ubirajara empatou para o Almirante.

A pressão seguiu intensa até que, aos 40 minutos do segundo tempo, Idésio marcou para o Metropol, selando a vitória que deu à Perdigão.

O SE Perdigão levou então o título de Campeã Catarinense de 1966.

Elenco da conquista

O histórico título estadual da Sociedade Esportiva Perdigão em 1966 foi conquistado com um elenco formado por atletas dedicados e apaixonados pelo esporte, muitos deles funcionários da própria empresa.

Liderados pelo treinador Fioro Brandalise, o grupo uniu talento, garra e espírito de equipe para fazer história no futebol catarinense.

A equipe contava com os seguintes jogadores:

• Goleiros e defensores: Odenir Oseas Seemann (Zangão), Gilberto José Liberalli (Arrepio), Valter Kluser (Batoque), Antonio Carlos Gomes dos Santos (Pelé), Nilso Brandalise, Luiz Jacinto da Rosa (Galego)
• Meio-campistas: Walldomiro Marcinko (Adi), Osvaldo João, Caubi de Lima, Lauro Ribeiro (Cigano), Adair Dias Gonçalves (Zinho), Constante Rogério Richetti
• Atacantes e reservas: Mario Rosário de Barros José (Barros), Rubens de Lima Machado (Carioca), Jaime Bramatti (Serramalte), Luiz Dirnei Wolker (Luizinho), Luiz Abitante (Melão), Eloacir Nascimento, José Campolino dos Passos (Torrado)
• Comissão técnica: Fioro Brandalise (treinador) e Darcy Flores (massagista)

Esse grupo inesquecível entrou para a história como o primeiro time do Oeste catarinense a conquistar o Campeonato Catarinense.

Muitos nomes do elenco são até hoje lembrados com carinho pelos torcedores de Videira e da região.

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