A cidade de Caçador foi sede de um importante evento estadual sobre logística reversa, reunindo representantes da Gerência Regional de Saúde, Instituto do Meio Ambiente (IMA) e autoridades locais. A ação faz parte do programa “Penso, Logo Destino”, que busca conscientizar a população sobre o descarte correto de resíduos sólidos e seu impacto na saúde pública.
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O evento, realizado no auditório da Uniarp, inclui palestras, capacitações e oficinas voltadas principalmente a agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, que atuam diretamente nas residências da população.
Segundo Cícero Luiz Brasil, coordenador do programa, os agentes são fundamentais por sua proximidade com as famílias e capacidade de orientar e transformar hábitos.
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“O grande problema é o desconhecimento sobre o que é e como funciona a logística reversa. Esse programa busca justamente descortinar essa realidade e capacitar quem está na linha de frente do contato com o cidadão”, destacou Cícero.
Ele explicou que a logística reversa abrange o descarte correto de materiais como pilhas, lâmpadas, pneus, baterias, embalagens de agrotóxicos e eletroeletrônicos. Esses resíduos, se não destinados adequadamente, oferecem riscos sérios à saúde e ao meio ambiente.
Além de preservar recursos naturais por meio da reciclagem e reutilização, o correto encaminhamento também evita a sobrecarga dos aterros sanitários e está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), que estabelece a responsabilidade compartilhada entre cidadãos, empresas e governos.
Com 100% de adesão nos 20 municípios das regiões CODAN e GESUS, o programa agora avança para a fase de multiplicação do conhecimento, com o objetivo de envolver toda a comunidade nesse compromisso coletivo.
“O pertencimento é essencial. Quando a pessoa entende que o problema também é dela, ela veste a camisa e passa a agir de forma consciente”, concluiu o coordenador.
Segundo Bruna Rodrigues, bióloga da Gerência Regional de Saúde, o objetivo principal é levar às pessoas informações claras sobre o destino correto de materiais perigosos como pilhas, lâmpadas e eletrônicos, que, se descartados de forma incorreta, podem contaminar o solo, mananciais e causar sérios problemas de saúde pública.
“A legislação sobre logística reversa é antiga, mas muitas pessoas ainda não sabem aonde levar esses materiais. Queremos usar a força da saúde para chegar com a informação a todos os cantos”, explicou Bruna.
A ação é uma das três etapas planejadas para a região, reforçando a importância da responsabilidade compartilhada no descarte de resíduos. “A maioria dos materiais pode ser devolvida ao local de compra, que tem a obrigação legal de dar a destinação correta”, destacou Bruna.
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