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Justiça condena autor de feminicídio em Campos Novos a 60 anos de prisão

Justiça condena autor de feminicídio em Campos Novos a 60 anos de prisão

Foto: Divulgação

O Tribunal do Júri de Campos Novos condenou, nesta segunda-feira (25/08), um homem acusado de matar a ex-companheira a 60 anos de prisão. Ele não poderá recorrer em liberdade. A condenação foi baseada na nova Lei do Feminicídio, que considera o ato um crime autônomo, com penas mais severas.

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O crime aconteceu em 24 de janeiro, quando a vítima foi brutalmente atacada com golpes de faca dentro da própria casa. O agressor era seu ex-companheiro.

A mulher sofreu graves ferimentos no tórax, foi socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A tragédia deixou a família devastada e abalou toda a comunidade local.

Durante o julgamento, os jurados acolheram por completo as teses do Promotor de Justiça Alexandre Penzo Betti Neto, representante do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Eles reconheceram o crime como feminicídio qualificado, agravado por três fatores:

O Promotor destacou a agilidade no andamento do processo.

“Graças à agilidade e ao trabalho do Juízo da Vara Criminal da Comarca de Campos Novos, o processo tramitou de forma rápida, e o julgamento ocorreu apenas sete meses após o ocorrido”, afirmou.

Essa foi a primeira condenação por feminicídio julgada em Campos Novos sob a nova legislação, em um mês emblemático. Agosto marca tanto os 19 anos da Lei Maria da Penha quanto as campanhas nacionais de combate à violência contra a mulher.

A nova Lei nº 14.994, em vigor desde outubro de 2024, alterou o Código Penal. Ela transformou o feminicídio em um crime independente, e não mais apenas uma qualificadora do homicídio. Desde então, casos registrados após 9 de outubro de 2024 já são analisados com base nessa legislação, como o de Campos Novos.

Por fim, o Promotor Alexandre reforçou o impacto do veredito:

“O veredito representa uma resposta firme e justa à sociedade e aos familiares da vítima, reafirmando o compromisso do Ministério Público de Santa Catarina com a defesa da vida e da dignidade das mulheres”, concluiu.

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