O caso da morte de um menino de apenas 4 anos em Florianópolis continua gerando grande comoção e desdobramentos no Judiciário. Agora, o padrasto da criança se tornou oficialmente réu, após o Poder Judiciário aceitar a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Santa Catarina. Ele irá responder pelos crimes de homicídio qualificado e tortura.
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Por outro lado, o juiz rejeitou a acusação contra a mãe da criança. Segundo a decisão, os elementos apresentados na investigação não foram suficientes para enquadrá-la nos mesmos crimes do companheiro.
Em nota, a defesa do padrasto informou que não irá se manifestar no momento, alegando que o caso corre em segredo de Justiça.
Já os advogados da mãe da vítima alegaram: “não há elementos mínimos a indicar que [mãe] tenha sido omissa nos cuidados de seu filho [menino], tampouco tenha concorrido para prática do crime de tortura.”
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A Promotoria responsável, a 36ª de Florianópolis, declarou que segue acompanhando o caso e avalia a possibilidade de recorrer da decisão em relação à mãe.
O crime ocorreu no dia 17 de agosto, quando o menino foi levado já inconsciente ao Multi-hospital da capital. Ele chegou aos braços de uma vizinha, em parada cardiorrespiratória, logo após sofrer graves agressões.
Apesar dos esforços da equipe médica, o menino não resistiu aos ferimentos. O laudo confirmou que ele morreu por choque hemorrágico causado por traumatismo abdominal.

Investigações revelam agressões anteriores
Durante as investigações, a NSC TV teve acesso a trechos de conversas entre o casal, coletadas do celular da mãe. As mensagens apontam que o padrasto agredia a criança com frequência, e que a mãe tinha conhecimento das agressões.
Além disso, a polícia encontrou uma pesquisa feita pelo padrasto em um aplicativo de inteligência artificial. A pergunta feita foi: “o que acontece se ficar enforcando muito uma criança”. A sessão ainda estava ativa no aparelho no dia da morte.

Essas provas embasaram a denúncia apresentada pelo Ministério Público.
O inquérito foi transformado em ação penal, e agora a Justiça de Santa Catarina dará andamento ao processo criminal. A prisão em flagrante do padrasto já havia sido convertida em prisão preventiva.
A mãe do menino, que também havia sido detida inicialmente, foi libertada após a análise inicial do caso. Agora, apenas o padrasto responde formalmente pelas acusações.