A Câmara Municipal de Caçador realizou nesta semana uma sessão importante para discutir a lentidão na análise e liberação de novos loteamentos no município. O presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Caçador (IPPUC), Alexandre Schermach, foi convocado pelos vereadores Fabiano Dobner (PL) e Rubiano Schmitz (PP). O objetivo foi esclarecer os procedimentos de aprovação, explicar o funcionamento do órgão e apresentar as metas e programas em andamento.
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Durante a reunião, Schermach ressaltou a importância do encontro para esclarecer dúvidas frequentes sobre os processos internos do Instituto.
Segundo ele, a aprovação dos loteamentos exige rigor técnico e respeito às normas legais.
“Conseguimos demonstrar que estamos trabalhando dentro da legalidade e com foco no desenvolvimento do município, considerando também aspectos de lazer e bem-estar da população”, afirmou.
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O presidente do IPPUC destacou dois projetos em análise:
- um loteamento com 334 lotes, localizado próximo ao aeroporto, que está na fase de estudo de impacto de vizinhança; e outro,
- um loteamento com cerca de 250 lotes, na região próxima à empresa Adami, cujo processo sofreu intervenção judicial.
Schermach também mencionou que, após a recente reestruturação administrativa da Prefeitura, o Instituto recebeu reforço na equipe, o que deve acelerar a tramitação dos protocolos e emissão dos alvarás.
O vereador Fabiano Dobner enfatizou a necessidade de maior agilidade na aprovação dos projetos. Ele destacou que a demora impacta negativamente a economia local e a qualidade de vida.
“Convocamos o IPPUC porque há loteamentos parados há tempo demais. A população precisa de terrenos mais acessíveis, já que hoje o custo em Caçador é muito alto, tanto para compra quanto para aluguel. Com mais oferta, teremos preços menores e mais famílias poderão se estabelecer aqui, contribuindo para o crescimento do município”, disse.
Por sua vez, o vereador Rubiano Schmitz criticou a morosidade do órgão. Ele citou um loteamento que, segundo ele, aguarda aprovação há anos.
“Não somos técnicos, mas é normal um loteamento demorar quatro, cinco, seis anos para ser aprovado? Alguns protocolos são de 2021 e até hoje não avançaram. É importante que o presidente venha à Câmara e dê sua versão, mas precisamos de respostas efetivas. Ou aprovam dentro das normas ou indeferem, mas não podemos seguir nesse impasse”, questionou.
Ao final da sessão, os vereadores reforçaram a importância de acompanhar de perto o andamento dos processos.
Também não descartaram novas convocações para tratar de outros temas relacionados ao planejamento urbano, como a emissão de alvarás de construção.