O número de cavalos mortos por consumir ração contaminada subiu para 284, conforme atualização divulgada nesta terça-feira (22) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A ração foi produzida pela empresa Nutratta Nutrição Animal, que segue com a produção e comercialização totalmente suspensas até que comprove a correção de todas as falhas encontradas.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
As investigações indicam que a contaminação ocorreu por falta de controle na matéria-prima utilizada na fabricação.
Segundo o Mapa, foram encontrados resíduos de plantas do gênero Crotalaria, conhecidas por conter uma substância altamente tóxica para os animais.
Como surgiu a denúncia da contaminação?
A suspeita sobre a ração surgiu no dia 26 de maio, após uma denúncia envolvendo a morte de cavalos no estado de São Paulo.
A partir desse primeiro caso, novas ocorrências em cavalos foram registradas em diferentes regiões. Em comum entre todas elas, os animais afetados haviam consumido rações fabricadas pela mesma empresa.
Além disso, as inspeções realizadas nas instalações da Nutratta constataram graves falhas nos processos de produção e no controle de qualidade.
Quais os efeitos tóxicos e medidas em andamento?
De acordo com o Mapa, as substâncias detectadas são proibidas na formulação de rações por seus efeitos prejudiciais. Elas podem causar danos hepáticos severos e até alterações genéticas nos animais.
Diante da gravidade, os lotes suspeitos estão sendo recolhidos e novas análises laboratoriais seguem em andamento para identificar possíveis outras contaminações.
Até o momento, a empresa Nutratta Nutrição não se pronunciou oficialmente. “As substâncias encontradas são proibidas na formulação de rações e podem provocar danos ao fígado e alterações genéticas nos animais”, reforça o Ministério.
O caso segue sob monitoramento das autoridades sanitárias. Enquanto isso, a recomendação é que produtores interrompam imediatamente o uso de rações de cavalos da marca até novo posicionamento oficial.