O que era para ser um passeio turístico de 45 minutos terminou em tragédia. Um balão com 21 pessoas a bordo caiu em Praia Grande (SC) após pegar fogo minutos após a decolagem, na manhã de sábado (21). A queda resultou na morte de oito pessoas, quatro delas ao pularem de uma altura aproximada de 45 metros e outras quatro carbonizadas dentro do cesto.
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De acordo com relatos de sobreviventes, a aeronave subiu por apenas quatro minutos antes do incêndio começar.
A empresa Sobrevoar, responsável pela operação, afirmou que o piloto tentou salvar todos os ocupantes.
A Polícia Civil e a Polícia Científica investigam as causas e circunstâncias do acidente.
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Entenda o que aconteceu no voo
Conforme a Polícia Civil, o fogo começou logo após o balão levantar voo. Um maçarico usado para inflar o balão, que ficava dentro do cesto, seria o foco inicial do incêndio.
O piloto não conseguiu apagar as chamas com o extintor de incêndio, que falhou, segundo seu depoimento.
Com o fogo se alastrando rapidamente, o balão começou a perder altura. Ao se aproximar do solo, 13 passageiros, incluindo o piloto, pularam.
Em seguida, o balão, mais leve, voltou a subir. Outros quatro passageiros, desesperados, também pularam de cerca de 45 metros. Já o restante das vítimas morreu carbonizado com a queda do cesto.
Perfil das vítimas
Entre mortos e feridos, a maioria das vítimas era moradora de Santa Catarina. Também estavam a bordo pessoas do Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Dentre os passageiros, estavam parentes, um patinador artístico e um oftalmologista. Um dos mortos era primo de segundo grau do prefeito de Barão de Cotegipe (RS).
Cinco dos 13 sobreviventes ficaram feridos. Todos foram atendidos no Hospital Nossa Senhora de Fátima e receberam alta ainda no mesmo dia.
O que diz a empresa
A empresa Sobrevoar Serviços Turísticos, que operava desde setembro de 2024 com autorização municipal, divulgou nota lamentando o acidente. Afirmou:
“Trabalhamos com seriedade e cumprimos todas as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), destacando que não tínhamos registros de acidentes anteriores.”
Também declarou que o piloto, experiente, “adotou todos os procedimentos indicados, tentando salvar todos os que estavam à bordo do balão“.
A empresa suspendeu as atividades por tempo indeterminado. Por respeito às vítimas, pediu que boatos e informações falsas não sejam divulgados.
Investigação continua
A Polícia Civil aguarda laudos periciais e investiga se as condições climáticas instáveis previstas para o dia podem ter influenciado o acidente. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) acompanha o caso.
O local da queda foi isolado para coleta de vestígios e inspeções técnicas. Seis sobreviventes já prestaram depoimento, inclusive o piloto.