Nos últimos seis meses, o Conselho Tutelar de Caçador registrou 51 casos de suspeita de abuso contra crianças e adolescentes. A informação foi confirmada por representantes do órgão, que alertam para o fato mais grave: a maioria das agressões ocorre dentro da própria casa, praticadas por pessoas próximas e de confiança da vítima.
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“Infelizmente, é uma realidade do nosso município. São situações que chocam porque quem deveria proteger, muitas vezes, é quem comete essas atrocidades”, afirmou a conselheira Mayara de Jesus.
Com o objetivo de monitorar e agilizar os atendimentos, o Conselho Tutelar desenvolveu um formulário interno de registro de casos e mantém atualizado o sistema nacional SIPIA, usado por conselheiros de todo o país.
O órgão não realiza investigações, mas encaminha as denúncias à Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) e aciona os programas de atendimento à família.
“Nosso trabalho é acolher, encaminhar e garantir o suporte necessário para que essas crianças possam, de alguma forma, iniciar o processo de cura de um trauma que vai marcar suas vidas para sempre”.
Durante a entrevista na Rádio Caçanjurê, se fez presente também a a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Sonia Frigeri, e o secretário municipal de Educação, Manoel Paiva, que há anos atua de forma voluntária promovendo campanhas pelo fim do abuso e exploração sexual infanto-juvenil.
Denunciar é um dever de todos
O Conselho ressalta que a denúncia é responsabilidade de toda a sociedade, não apenas da rede de proteção. Há muitos casos que não chegam ao conhecimento das autoridades, o que agrava ainda mais o cenário.
Canais de denúncia:
Disque 100 (nacional, anônimo e gratuito)
Conselho Tutelar de Caçador – horário comercial: (49) 3563-4045 (WhatsApp)
Plantão 24 horas: (49) 9 9913-1612
Além das denúncias, os conselheiros fazem um alerta especial aos pais: é fundamental supervisionar as crianças, inclusive quando estão com colegas de outras idades. “Deixar a criança sozinha com outras sem vigilância pode resultar em situações muito sérias”.
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