O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou o companheiro de Lusiane Ribeiro Borges, encontrada morta no rio Correntes, em Santa Cecília, pelo crime de feminicídio mediante asfixia e ocultação de cadáver.
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O objetivo é que ele seja julgado pelo Tribunal do Júri, por jurados da própria comunidade. A denúncia foi recebida pelo Judiciário, e o homem tornou-se réu em ação penal.
O caso ganhou repercussão após o corpo da vítima, que era vendedora de roupas e tinha 27 anos, ser encontrado por pescadores em 20 de setembro, amarrado em um cobertor, depois de 50 dias de buscas que mobilizaram a Polícia Civil, os Bombeiros e moradores da região.
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O suspeito já estava preso temporariamente desde o desaparecimento de Lusiane, ocorrido em 31 de julho. De acordo com o inquérito, ele teria asfixiado a vítima após o retorno dela do trabalho, transportado o corpo no porta-malas até a localidade de Frascaman e, em seguida, jogado-o no rio com pedras amarradas nos membros inferiores.
A perícia encontrou indícios de sangue da vítima na casa e no carro do acusado, enquanto o laudo cadavérico confirmou a morte por asfixia mecânica.
O promotor de Justiça Murilo Rodrigues da Rosa, responsável pela denúncia, destacou a gravidade do caso e solicitou a conversão da prisão temporária em preventiva, já atendida pelo Judiciário.
“A Polícia Civil vem realizando um grande trabalho para elucidar os fatos, e o Ministério Público não medirá esforços para garantir que esse feminicídio vá a julgamento e seja punido”, afirmou.
O crime é tipificado como feminicídio por se tratar da morte de uma mulher em contexto de violência doméstica e familiar, conforme prevê o Código Penal.