O chef de cozinha e ex MasterChef, Jason de Souza Junior segue no Presídio Masculino de Florianópolis, onde está preso desde quarta-feira (01). Ele é suspeito de ter estuprado uma menina de 12 anos na última terça (31). A vítima do estupro relatou que foi abordada por ele na frente de casa, ameaçada com uma arma e levada ao campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde ocorreu o crime.
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A defesa de Jason nega as acusações de estupro. O caso tramita em sigilo no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
Relato da vítima
Em relato exclusivo à NSC, a família da vítima disse que ela relatou ter sido abordada pelo homem na frente da casa, nas proximidades da Serrinha, no bairro Trindade, onde estava junto com outras crianças da família, na tarde de pré-Réveillon.
Sua mãe estava trabalhando e os adultos estavam ocupados com os preparativos para a virada do ano. A menina disse que não conhecia o suspeito.
Ela afirmou que estava deixando o lixo na rua quando o homem passou de carro, um Celta cinza, parou e a chamou.
Ele teria mostrado uma arma e disse que ela podia escolher entre morrer ou entrar no carro. Ela disse que sentiu medo e entrou.
A pré-adolescente relatou ter sido levada até o campus da UFSC, também na Trindade, onde ocorreu o estupro.
Depois, contou que foi deixada em uma esquina, em outro ponto do bairro. O homem teria dito para ela não contar sobre o ocorrido, sob ameaça de morte.
Entre sair de casa e voltar ao bairro, passaram-se cerca de 40 minutos, conforme a menina.
Câmeras flagram menina entrando no carro
Câmeras de segurança de vizinhos registraram o momento em que a menina entra no carro. Nas imagens, é possível ver o veículo parando na frente da casa.
A pré-adolescente se aproxima, devagar, abre a porta e entra no banco do carona.
O que relata a família
A família da menina descobriu sobre o caso quando ela voltou para casa.
A menina procurou a tia, que vive em outro imóvel na região, a cerca de 300 metros de onde ela mora, e pediu para ter uma conversa particular.
A mulher disse à NSC que a menina primeiro pediu para ligar para a mãe e para a polícia. Em seguida, começou a chorar e tremer ao relatar o que havia acontecido.
A família foi até a delegacia e fez um boletim de ocorrência.
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Depois, levou a menina até o Hospital Infantil Joana de Gusmão, onde passou por uma série de exames.
Na manhã de quinta-feira (02), ela ainda se recuperava das várias lesões que sofreu durante o crime.
Prisão e reconhecimento
Jason foi preso em flagrante na quarta-feira (01), um dia após o crime de estupro, e levado à delegacia de Palhoça.
Ao G1, o delegado Cléber Serrano, responsável pela ocorrência, informou que o cozinheiro foi “reconhecido por uma cicatriz na barriga e pela barba”. Ele ficou em silêncio durante o interrogatório.
Por se tratar de uma prisão em flagrante, o caso foi enviado diretamente ao Judiciário.
Na tarde de quinta (02), a Justiça decidiu pela manutenção da prisão do chef de cozinha, por conta da gravidade do suposto delito, ficando definida a conversão da prisão em preventiva.
Assim, Jason segue no Presídio Masculino de Florianópolis, onde estava desde quarta-feira (01).
“Até outra eventual decisão, (o suspeito) aguardará a tramitação do processo nesta condição. Por se tratar de crime sexual contra criança, a ação corre em segredo de justiça”, informou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
O que diz a defesa de Jason
Em nota à imprensa, a defesa de Jason negou as acusações de estupro e disse que conheceu a menina em um aplicativo de namoro. Segundo a defesa, no perfil a menina teria informado “uma idade superior a que realmente tinha”.
O advogado Marcos Paulo Poeta dos Santos, que representa o suspeito, afirmou que Jason está colaborando com as investigações.
Ele também afirmou que a menina não havia sido formalmente ouvida, e que a denúncia foi baseada no relato da mãe dela.
Nota da defesa na íntegra
“A defesa de Jason de Souza Júnior, ex-participante do programa MasterChef Brasil, vem a público esclarecer que ele nega as acusações e está colaborando com as autoridades. Jason conheceu a suposta vítima por meio de um aplicativo de namoro, onde ela informava em seu perfil uma idade superior à que realmente tinha.
Até o momento, a suposta vítima não foi formalmente ouvida, e a denúncia foi baseada apenas no relato de sua mãe. A defesa está pedindo ao juízo diligências complementares, incluindo a análise das interações anteriores entre as partes, que podem trazer uma nova perspectiva ao caso.
Reafirmamos a presunção de inocência e pedimos que aguardem o desenrolar das investigações sem conclusões precipitadas”.
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