A Polícia Civil prendeu um empresário e outras duas pessoas acusadas de integrar um esquema de desvio de doações destinadas a hospitais. As contribuições eram feitas por consumidores através das faturas de energia elétrica da Celesc. A operação foi deflagrada nesta sexta-feira (5), com o cumprimento de três mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
A investigação revelou que o grupo fraudava a destinação de recursos que deveriam chegar a unidades de saúde localizadas nas regiões de Joinville e Blumenau.
As doações, feitas de forma voluntária por consumidores, eram interceptadas por empresas intermediárias que retinham parte significativa dos valores arrecadados.
Segundo o delegado Rafaello Ross, responsável pela investigação, o prejuízo é expressivo.
Veja também
Vítimas de tráfico sexual em SC denunciam abusos e rotina exaustiva na Irlanda
Padrasto vira réu por morte de menino de 4 anos em Florianópolis
“Nós apuramos que em dois anos e meio foram destinados aos hospitais em torno de R$ 800 mil, ao passo que essas empresas intermediárias acabaram ficando com R$ 4 milhões, o que revela uma fraude na destinação dessas doações“, explicou.
Além disso, a polícia identificou casos em que consumidores tiveram valores debitados sem autorização, caracterizando mais uma irregularidade dentro do esquema.
Durante a operação, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos envolvidos. Entre os itens estão imóveis, veículos, uma embarcação e o valor total do prejuízo estimado, que ultrapassa R$ 4 milhões.
Os três suspeitos vão responder por diversos crimes, incluindo
- estelionato eletrônico,
- falsidade ideológica,
- associação criminosa e
- lavagem de dinheiro.
A operação contou com a participação de cerca de 50 policiais civis das cidades de Joinville, Blumenau, Brusque e Florianópolis.
Até o momento, a Celesc não emitiu um posicionamento oficial sobre o caso, mas informou que irá se pronunciar.
A investigação sobre a fraude nas doações continua, e mais pessoas podem ser indiciadas nos próximos dias.