Exames laboratoriais realizados pelo Hospital Nossa Senhora dos Navegantes revelaram a presença de arsênio no sangue das vítimas que consumiram um bolo durante um chá da tarde em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A substância é altamente tóxica.
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A informação foi confirmada pelo delegado Marcos Vinícius Veloso, que conduz a investigação.
O arsênio foi encontrado no sangue da mulher que preparou o bolo, do sobrinho-neto de 10 anos e de Neuza Denize Silva dos Anjos, que faleceu após o consumo do alimento.
Além de Neuza, outras duas pessoas morreram horas depois, Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva. Ambas apresentaram parada cardiorrespiratória.
Já Neuza teve sua morte atribuída a “choque pós-intoxicação alimentar”.
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A mulher que preparou o bolo, a única da casa a consumir duas fatias, apresentou a maior concentração de arsênio no sangue, o que levanta suspeitas de envenenamento, além de intoxicação alimentar.
A Polícia Civil está apurando o caso.
Arsênio
O arsênio, substância sem cheiro ou gosto, pode ser fatal em doses superiores a 100 mg e é proibido para uso como raticida no Brasil.
Embora seja utilizado para tratar leucemia, o seu uso como veneno tem sido associado a envenenamentos, como o caso em questão.
Relembre o caso
Na última segunda-feira (23), sete pessoas da mesma família participaram do café da tarde, mas apenas uma não comeu o bolo.
A mulher que preparou o alimento foi hospitalizada e está entre as vítimas que sobreviveram.
A polícia investiga se há relação com a morte do ex-marido da mulher que fez o bolo, que também faleceu em setembro, vítima de intoxicação alimentar, cujo caso, até então, não havia sido investigado.
O inquérito foi instaurado e a polícia solicitou a exumação do corpo.
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