Nesta quarta-feira, 2 de agosto, a Polícia Civil de Santa Catarina deflagrou uma grande operação nacional para combater uma sofisticada rede criminosa que se passava por advogados com o objetivo de aplicar golpes financeiros. Batizada de Operação Lex Falsa, a ação visa desarticular grupos especializados em fraudes jurídicas.
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Ao todo, a operação cumpre 27 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão em seis estados:
- São Paulo,
- Rio de Janeiro,
- Ceará,
- Pernambuco,
- Bahia e
- Rio Grande do Norte.
Os alvos são pessoas físicas e empresas que se faziam passar por profissionais da área jurídica, utilizando documentos autênticos ou forjados para aplicar o chamado “golpe do falso advogado”.
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De acordo com a Polícia Civil catarinense, os criminosos enganavam as vítimas solicitando valores em dinheiro com a promessa de liberação de supostos processos judiciais.
As investigações revelaram que o esquema começou de forma rudimentar no Ceará, em cidades como Fortaleza, Pacatuba e Maracanaú.
Com o tempo, os grupos cresceram, diversificaram suas ações e evoluíram tecnicamente.
Eles passaram de simples coletas de dados públicos à invasão de sistemas judiciais para obter documentos processuais reais.
A Polícia Civil destacou que houve “qualificação da fraude eletrônica, com a mudança no perfil dos envolvidos nessa prática”. Atualmente, os integrantes operam principalmente a partir de grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Ainda segundo a corporação
“Nesse contexto, não há dúvida de que as condutas ilícitas apuradas comprometem a ordem pública e econômica, sendo contínuas e contemporâneas, prejudicando em todo o território nacional a atuação legítima dos advogados regularmente inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e colocando em risco a confiança da sociedade no sistema de Justiça.”
No Rio de Janeiro, os mandados foram cumpridos em bairros como Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio, além de Cabo Frio e Campos dos Goytacazes. Até as 7h30 da manhã, pelo menos três suspeitos foram presos somente no estado fluminense.
A operação é coordenada pela Delegacia de Combate a Estelionatos de Joinville, no norte catarinense, em parceria com o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Os mandados foram emitidos pelo Poder Judiciário de Santa Catarina.