O influenciador paraibano Hytalo Santos foi preso nesta sexta-feira (15) em São Paulo. Ele enfrenta investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e do Ministério Público do Trabalho (MPT). As suspeitas envolvem exploração e exposição de menores em conteúdos nas redes sociais.
PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS
O youtuber Felca disparou a denúncia ao chamar a prática de “adultização” de crianças. Após isso, a Justiça da Paraíba determinou busca, apreensão e bloqueio das redes sociais de Hytalo.
A promotora Ana Maria França obteve da Justiça medidas como a suspensão das redes sociais e a desmonetização dos vídeos, impedindo ganho financeiro com conteúdos envolvendo menores.
Além disso, a Justiça proibiu Hytalo de manter qualquer contato com os adolescentes citados nos processos, em caráter provisório.
Veja também
Casos de exploração sexual infantil aumentam 35% em SC
Agosto de 2025 já registra o mesmo número de feminicídios que todo agosto de 2024
Em sua residência em João Pessoa, agentes apreenderam computadores e celulares, conforme determinação do juiz Antônio Rudimacy Firmino.
A defesa afirma que Hytalo “não tinha conhecimento da execução de mandado de busca e apreensão”, alegando sigilo da medida. Ele alega colaboração com a Justiça e nega formalmente as acusações: “[Hytalo] reitera que jamais compactuou com qualquer ato atentatório à dignidade de crianças e adolescentes…” e confia que “tudo restará definitivamente provado no curso da investigação…”.
As investigações do MPPB começaram em 2024, com procedimentos separados em Bayeux e João Pessoa. Em Bayeux, o processo considera denúncias envolvendo topless em festas com álcool.
Em João Pessoa, apura possível emancipação de menores em troca de presentes, como celulares. O relatório do promotor João Arlindo está previsto para a próxima semana.
Paralelamente, o MPT investiga mais de 50 vídeos e colheu 15 depoimentos de pessoas envolvidas na produção dos conteúdos do influenciador.