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Mulher atacada por capivara tem partes do corpo arrancadas em SC

Mulher atacada por capivara tem partes do corpo arrancadas em SC

Foto: Reprodução/Acervo Pessoal

A psicóloga e escritora Fabiana Lenz, de 32 anos, segue se recuperando em casa após ter sido atacada por uma capivara na lagoa da Praia da Lagoinha do Leste, em Florianópolis, no início de dezembro.

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Durante o incidente, ela sofreu três mordidas — no abdômen, braço direito e nádegas — e precisou receber 19 pontos, além de passar por exames, suturas, profilaxia antirrábica e acompanhamento médico contínuo.

Fabiana relatou que estava acampando no local com o namorado e decidiu mergulhar na lagoa por volta do meio-dia.

“Mergulhei em direção ao fundo, eu tava com água na altura do peito, quando recebi um primeiro golpe na barriga”, contou.

Inicialmente, a psicóloga achou ter se machucado ao bater em um galho, até perceber que uma capivara estava na água e a atacou novamente, atingindo as nádegas e o braço.

O resgate foi realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar via helicóptero, e Fabiana foi levada ao Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago.

“Na tomografia, se verificou que uma mordida no meu abdômen passou raspando meio milímetro da alça do meu intestino”, relatou.

Foto: Reprodução Bombeiro Militar

A psicóloga destacou que o nervo da perna ficou exposto e que, por pouco, não perdeu a mobilidade.

Fabiana disse que os primeiros dias de recuperação foram os mais críticos, mas que a evolução do tratamento a deixou mais confiante e confortável.

Ela também ressaltou que sempre frequentou o local e já havia ajudado um homem que, no início do ano, foi atacado pelo mesmo animal:

“A capivara mordeu e arrancou um pedaço da coxa dele. Ele também teve que ser resgatado de helicóptero daquele lugar”.

Nota

Em nota, a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) classificou o episódio como isolado e explicou que ataques de capivaras são raros.

“A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), informa que possui registros da presença de capivaras em diferentes regiões da Ilha há vários anos, como parte de um processo natural de recolonização da espécie em áreas com ambientes favoráveis, como rios e lagoas. O episódio registrado recentemente na Lagoinha do Leste é considerado pontual e não representa o padrão de comportamento das capivaras, que são animais silvestres, gregários e de hábito herbívoro. As imagens indicam uma reação defensiva do animal, que foi surpreendido dentro da água, ambiente utilizado como refúgio e área de reprodução, não se caracterizando como ataque intencional ou comportamento predatório.

A Floram, através do Projeto CAPI Floripa, reforça que não há indicativos técnicos de superpopulação de capivaras no município nem previsão de medidas de manejo populacional. A principal forma de prevenção é a convivência responsável, com base na informação e no respeito à fauna silvestre. A orientação é manter distância mínima de 10 metros, não se aproximar, não tocar, não alimentar e evitar entrar na água quando houver capivaras ou outros animais silvestres nas proximidades, além de redobrar a atenção com cães. Em caso de qualquer acidente envolvendo animais silvestres, a recomendação é procurar imediatamente atendimento médico.”

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