A Polícia Civil de Santa Catarina contabilizou nove feminicídios ao longo de novembro, tornando este mês o mais violento do ano para as mulheres, segundo dados do Observatório de Violência contra a Mulher.
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Até outubro, os meses mais críticos eram fevereiro, julho e setembro, cada um com cinco mortes.
O primeiro caso ocorreu no dia 3 de novembro, quando uma mulher de 57 anos foi encontrada morta dentro de casa, no bairro Morretes, em Itapema. Natural do Paraná, ela apresentava sinais de violência, e a Polícia Militar registrou o caso como feminicídio. A vítima morava sozinha, e o corpo foi localizado por volta das 16h55. A investigação segue em andamento.
No dia seguinte, Thaís Sachainy Araújo, de 27 anos, foi morta pelo ex-companheiro em Balneário Rincão. Segundo relatos, ele a asfixiou com um golpe de mata-leão, afirmando que se teria “defendido” durante uma discussão. O corpo de Thaís foi encontrado na residência do casal.
No dia 8, Karla Luiza Schvirkoski Domingos, de 30 anos, foi localizada morta em Balneário Barra do Sul. Testemunhas ouviram um barulho e depois encontraram o corpo na rua. A polícia investiga o caso como feminicídio, já que Karla tinha histórico de relacionamentos conturbados e medida protetiva contra um ex-companheiro.
No dia 9, Lucila Borges Pagani, de 63 anos, foi encontrada morta em Criciúma com sinais de agressão. O companheiro, de 69 anos, foi preso em flagrante. Testemunhas relataram brigas constantes e controle sobre os contatos da vítima.
Em 15 de novembro, Débora Ester Araújo da Silva, de 33 anos, foi morta pelo ex-companheiro em Santa Rosa do Sul, após discussão sobre guarda dos filhos. Ele confessou o crime.
Nos dias 19 e 21, outros casos ocorreram em Braço do Norte, Itajaí e Florianópolis, envolvendo tiros e violência física. Em Criciúma, mãe e filha foram mortas pelo próprio filho, que acabou morto pela polícia.
Feminicídios em SC
Até outubro, Santa Catarina registrava 38 feminicídios, número que poderá chegar a 46 se os casos de novembro forem confirmados.
Segundo a advogada Tammy Fortunato, políticas públicas reduziram os índices, mas final de ano tende a aumentar os casos.
A situação alerta para a necessidade de atenção contínua e ações efetivas de proteção às mulheres em todo o Estado.

