Terminou na noite desta quarta-feira (30) o julgamento dos oito acusados de matar o policial militar Marcos Alberto Burzanello, crime ocorrido em dezembro de 2022 em Tangará, Meio Oeste catarinense, na saída de uma boate. Todos foram condenados. Muitos cidadãos estavam do lado de fora do Clube Rio Bonitense esperando o veredito. Um forte esquema de segurança também foi montado.
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Os réus, Angelica Pedroso Davila, Aldair Henrique de Souza Dalabrida, Pedro Paulo Camargo Silva, Daniel Ribeiro Galvão, Deivid Roberto Andrade, Diuli Carine de Moraes, Jonathan Henrique Veiga Ribeiro e Ricardo da Costa, enfrentaram acusações de homicídio com quatro qualificadoras.
A maior pena foi de 22 anos de prisão em regime fechado para David. Com 19 anos e 3 meses de reclusão em regime fechado a segunda maior pena foi para Daniel. Já Angelica, Aldair e Diuly foram condenados a 18 anos também em regime fechado. Jonathan foi condenado a 18 anos e 2 meses, regime fechado. E em regimes semi-aberto duas condenações de 5 anos e 4 meses, para Ricardo e Pedro Paulo.
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Sessão histórica
A sessão histórica do Tribunal do Júri foi presidida pelo juiz Flávio Luís Dall’Antônio, titular da comarca de Tangará. O magistrado fez um reconhecimento público da atuação exemplar de várias partes envolvidas no julgamento.
Destacou a dedicação e eficiência dos representantes do Ministério Público e dos advogados de defesa dos réus, que trabalharam para garantir um julgamento justo. O juiz ainda frisou a importância da participação da sociedade no julgamento popular, representada pelos sete jurados.
Agradeceu a todos os servidores e colaboradores do Poder Judiciário que contribuíram para a organização e realização dos três dias de julgamento e ao apoio dos policiais penais e dos integrantes da Polícia Militar que estiveram presentes durante a sessão para garantir a segurança e o ordenamento do processo.
Relembre o caso
O crime aconteceu na noite de 3 de dezembro de 2022, em frente a uma boate localizada no Centro da cidade. Os réus envolveram-se em uma briga generalizada após serem expulsos do estabelecimento. Burzanello estava de folga, mas identificou-se como policial militar para tentar acalmar os ânimos e acabou virando alvo.
Ele foi agredido com socos, chutes, pedras e garrafas de vidro em diversas partes do corpo, principalmente na cabeça. Os agressores tentaram tomar dele o revólver, e um projétil acabou atingindo sua perna esquerda, provocando uma grande perda de sangue.
O policial foi levado às pressas para o Hospital Universitário Santa Terezinha, em Joaçaba, a 40 quilômetros do local do crime. Chegou a receber atendimento, mas não resistiu e morreu, deixando a esposa e três filhos.