A operação Leite Compen$ado identificou fraudes em derivados lácteos produzidos no município de Taquara, no RS, nesta quarta-feira (11). A fábrica adulterava leite com soda cáustica, água oxigenada e reprocessava produtos vencidos.
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Seis pessoas foram presas durante a ação, incluindo um engenheiro químico conhecido como o “mago do leite”.
Segundo o Ministério Público do RS (MPRS), o químico já havia sido preso em 2014 por adulteração semelhante.
Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Taquara, Parobé, Três Coroas, Imbé e São Paulo.
Quatro prisões preventivas e duas em flagrante foram realizadas. Entre os presos estão sócio-proprietários, diretores e funcionários ligados à adulteração.
Os agentes encontraram produtos com soda cáustica, água oxigenada e “pelos indefinidos”.
A fábrica produzia leite UHT, leite em pó, compostos lácteos e soro, comercializados no Brasil e Venezuela.
As marcas brasileiras envolvidas incluem Mega Lac, Tentação e Mega Milk.
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Além disso, a empresa venceu licitações para fornecer derivados lácteos a escolas. Segundo o MPRS, um lote pode ter sido distribuído a uma cidade paulista.
Exames mais detalhados vão identificar os produtos contaminados.
A soda cáustica, segundo promotores, ajusta o PH do leite e desaparece nos testes de análise. Já a água oxigenada é usada para mascarar micro-organismos em produtos deteriorados. Essas práticas representam graves riscos à saúde, como a exposição a metais pesados.
O “mago do leite” desenvolvia fórmulas específicas para dificultar a detecção de adulterações. Ele aprimorava técnicas para reprocessar produtos vencidos e mascarar irregularidades.
A fábrica usava termos como “vitamina” e “receita” para ocultar as fraudes.
A operação, em sua 12ª fase, segue investigando o caso. O Ministério Público busca responsabilizar os envolvidos e prevenir novos crimes no setor de laticínios.
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