Padrasto é preso por suspeita de envenenar família no Piauí

Francisco de Assis Pereira da Costa, de 52 anos, foi preso suspeito de envenenar a família no dia 1º de janeiro, em Parnaíba, no Litoral do Piauí. O envenenamento teria ocorrido após ele preparar e consumir o prato baião de dois junto com os familiares. Quatro pessoas morreram, entre elas sua enteada Francisca Maria da Silva e três crianças, sendo que uma filha de Francisca segue internada no Hospital de Urgência de Teresina.

PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS

Em depoimento à polícia, Francisco revelou que sentia raiva e nojo de sua enteada, Francisca Maria, e que o relacionamento entre eles era conturbado. O

delegado Abimael Silva destacou que Francisco não falava com os filhos da esposa e nutria um sentimento de ódio, especialmente em relação a Francisca Maria.

Francisco, no entanto, negou envolvimento no crime, afirmando que não consumiu o alimento envenenado.

Vítimas do envenenamento

Além de Francisca, três pessoas morreram. Veja quem são os mortos:

Manoel Leandro da Silva, de 18 anos (enteado de Francisco)
Francisca Maria da Silva, de 32 anos (enteada de Francisco)
Criança de 1 ano (filho de Francisca)
Criança de 3 anos (filha de Francisca)

Uma menina de 4 anos segue internada e se recupera do envenenamento.

Outros membros da família e vizinhos também consumiram o alimento, mas sobreviveram.

Relacionamento conturbado

Francisco de Assis foi descrito como tendo um comportamento agressivo e desprezível em relação aos filhos da esposa, chamando-os de “primatas” e manifestando desejo de que ela se separasse dele.

Veja também

Jovem de 24 anos morre em colisão frontal na SC-283, em Concórdia

Governo Federal publica resolução sobre aborto legal para crianças e adolescentes

A polícia afirmou que o padrasto chegou a relatar o alívio que sentiu quando a esposa alugou uma casa separada, o que foi interpretado como um indicativo de seu desprezo pela família.

Efeitos do veneno

De acordo com o Instituto de Medicina Legal (IML), o terbufós foi colocado em grande quantidade no arroz do baião de dois.

A perícia descartou a hipótese de envenenamento por peixe, que também havia sido consumido na ceia de réveillon.

O veneno causou efeitos rápidos, como tremores, convulsões, falta de ar e cólicas, sendo fatal para várias vítimas.

Investigação em andamento

A investigação ainda está em andamento, e a polícia não fez acusações definitivas, embora as evidências apontem para Francisco como principal suspeito.

O veneno utilizado foi o terbufós, uma substância altamente tóxica proibida no Brasil. Esse veneno causa danos ao sistema nervoso central e pode levar à morte rapidamente após ingestão.