A Polícia Civil prendeu preventivamente na quarta-feira (3), um homem de 66 anos suspeito de assassinar o próprio filho, de 16, por afogamento em um açude no interior de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). As identidades da vítima e do agressor não foram divulgadas.
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O crime ocorreu em 10 de novembro e inicialmente foi tratado como acidente, mas, após investigações da delegada Karoline Callegari, a polícia concluiu que se tratava de homicídio motivado por vingança e violência doméstica.
A investigação revelou que o assassinato ocorreu dois dias depois de o homem espancar a companheira. O adolescente interveio para defender a mãe, agrediu o pai e, segundo relatos, o agressor teria prometido se vingar. A vítima contou aos irmãos que estava com medo.
Familiares confirmaram à polícia que o homem tinha histórico de agressões, ameaças e até crimes sexuais contra membros da família.
Armadilha no açude
No dia do crime, o suspeito obrigou o filho a acompanhá-lo até a granja da família para “caçar marrecos” no açude. De acordo com a polícia, o adolescente foi forçado a ir. No local, o pai empurrou o jovem na água, resultando no afogamento.
Horas depois, o homem voltou para casa sozinho e disse que o filho havia se afogado. No interrogatório, apresentou versões contraditórias. “Num primeiro momento, disse que o menino teria atravessado o açude para buscar munição, mas a vítima não sabia nadar. Não é verossímil”, explicou a delegada Karoline.
Posteriormente, o suspeito confessou que queria “dar uma lição” no filho e o empurrou na água para assustá-lo. Disse ter levado cerca de 15 minutos para perceber que o adolescente se afogava.
Prisão preventiva decretada
O homem teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado a uma casa prisional. Ele deve ser indiciado por homicídio, em um caso que choca pela violência e pela motivação ligada ao ciclo de agressões dentro da própria família.

