O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) foi surpreendido com a decisão do Ministério da Justiça de suspender a parceria entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). A medida foi anunciada na quinta-feira (06) pelo superintendente da PRF em SC, Manoel Fernandes Bittencourt, e causou grande repercussão.
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A partir de segunda-feira (10), os policiais rodoviários federais que atuam no Gaeco retornarão às suas unidades de origem, interrompendo uma colaboração que durava desde 2002.
Segundo o MPSC, a suspensão afetará investigações importantes contra o crime organizado, tráfico de drogas e assaltos a bancos no estado.
A decisão foi tomada devido a uma portaria do Ministério da Justiça que limita a atuação da PRF em operações fora das rodovias federais.
O procurador-geral de Justiça de SC, Fábio Trajano, já acionou o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG) e o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) para tentar reverter a decisão.
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Trajano também busca apoio de parlamentares para sensibilizar o Ministério da Justiça sobre a importância da continuidade da parceria.
Nos últimos anos, a colaboração entre o Gaeco e a PRF foi essencial para desmantelar organizações criminosas em SC.
Operações de grande impacto, como a “Operação Mensageiro” e a “Operação Rota 600”, resultaram em prisões e apreensões significativas.
Especialistas, como o promotor Lincoln Gakiya, criticaram a medida, classificando-a como um retrocesso na luta contra o crime organizado.
O Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas também se manifestou contra a decisão, destacando os danos à segurança pública e ao combate ao crime no país.
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