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Pesquisa identifica 99 casos de violência contra idosos em Caçador

Pesquisa identifica 99 casos de violência contra idosos em Caçador

Foto: Reprodução Canva

A professora Dra. Hillevi Maribel Haymussi e a acadêmica Odete da Maia de Souza concluíram um estudo que revela um cenário preocupante da violência contra idosos em Caçador.

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O trabalho, desenvolvido por meio do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP/UNIARP), utilizou dados fornecidos pelo Conselho Municipal da Pessoa Idosa (CMPI) e pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Habitação, por meio do CREAS.

A pesquisa integra um projeto iniciado em 2018 que analisa a violência em diversos segmentos, como mulheres, crianças, adolescentes e no ambiente escolar.

Realizada ao longo de 2025, a investigação contabilizou 99 denúncias registradas entre março e novembro: 12 casos no CMPI e 87 no CREAS, considerando apenas essas duas instituições do município. A maioria das ocorrências foi praticada por pessoas próximas, sobretudo membros do próprio núcleo familiar.

No CMPI, nove das vítimas eram mulheres, com idades entre 65 e 89 anos. Os agressores, todos familiares — filhos, irmãos ou netos —, tinham entre 25 e 69 anos. Já no CREAS, foram 44 denúncias envolvendo mulheres e 43 envolvendo homens, com vítimas entre 63 e 89 anos. Os autores das agressões também pertenciam ao círculo familiar, incluindo filhos, netos, irmãos, ex-companheiros e outros parentes, com idades de 25 a 79 anos.

Entre os tipos de violência identificados estão agressões físicas, abandono, exposição a risco à saúde, maus-tratos, insubsistência afetiva, violência psicológica, violação patrimonial, tortura psíquica, ameaça, coação e constrangimento. Conforme o estudo, essas ocorrências atingem todas as classes sociais, evidenciando que, mesmo com avanços legislativos e políticas públicas, a população idosa segue vulnerável a abusos e negligências.

A pesquisa reforça a necessidade de fortalecer mecanismos de denúncia, ampliar ações preventivas e promover conscientização. “As pessoas esquecem que, se são jovens hoje, serão idosas amanhã”, alerta a professora Hillevi, destacando a importância de consolidar redes de apoio e garantir proteção efetiva aos idosos.

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