A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu na segunda-feira (6) o inquérito que deu origem à Operação Patriarca, deflagrada em maio deste ano pela Delegacia de Investigações Criminais (DIC) de Campos Novos, com apoio do Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) e da Delegacia Geral.
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A investigação, iniciada em 2019, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa de base familiar envolvida em lavagem de capitais, agiotagem e exploração de jogos de azar, especialmente o jogo do bicho.
Segundo o relatório final, o grupo movimentou mais de R$ 24 milhões entre 2015 e 2023, utilizando contas bancárias pessoais e empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos valores.
Durante os seis anos de apuração, a Polícia Civil cumpriu diversas medidas cautelares, incluindo quebras de sigilos bancário, fiscal e telemático, interceptações telefônicas e diligências de campo, que revelaram a estrutura da organização.
O grupo era liderado por um casal residente em Campos Novos, com envolvimento direto dos filhos. Na deflagração da operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis e estabelecimentos dos investigados em Campos Novos (SC) e Goiânia (GO).
A ação resultou na apreensão de veículos de luxo, dinheiro em espécie, máquinas de cartão, cheques, notas promissórias e materiais ligados ao jogo do bicho.
As investigações indicaram que o grupo mantinha há mais de uma década uma estrutura voltada à exploração de jogos ilícitos e lavagem de dinheiro, por meio do reinvestimento em imóveis e automóveis de alto valor, caracterizando as três etapas do processo: colocação, dissimulação e integração.
Com base nas provas reunidas, os investigados foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, usura e exploração de jogos de azar. O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário para os trâmites legais.