A Polícia Militar de Santa Catarina vai encerrar o uso de câmeras corporais, uma medida recomendada pelo Estado-Maior da corporação e que aguarda apenas a assinatura do comandante geral, coronel Aurélio Pelozato da Rosa. O programa, iniciado em 2019 em parceria com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, foi o primeiro no Brasil a utilizar essa tecnologia, mas enfrenta problemas operacionais e falta de recursos financeiros.
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O despacho determina o recolhimento das câmeras e o início de um estudo para buscar “soluções tecnológicas mais adequadas” e alternativas de financiamento para um novo programa.
O coronel Jailson Franzen, chefe do Estado-Maior da PMSC, citou problemas como a falta de manutenção dos equipamentos, armazenamento inadequado de imagens e instabilidade no funcionamento das câmeras como motivos para o encerramento do programa.
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Recentemente, o setor de tecnologia da PMSC foi convidado pelo Ministério da Justiça a participar de um Grupo de Trabalho para discutir um modelo nacional de monitoramento por câmeras corporais.
Santa Catarina, que possui a maior cobertura de câmeras corporais do país, com 2.245 unidades operantes para 8.776 policiais, tem sido pioneiro e abrangente no uso dessa tecnologia.
Internamente, já havia discussões sobre a obsolescência do projeto. Sendo que em março, o coronel Alessandro José Machado mencionou a necessidade de um novo modelo devido aos custos de manutenção e problemas técnicos.
Em junho, a PMSC não respondeu sobre o andamento da análise para um novo modelo, e o projeto tornou-se pouco transparente.
A decisão de encerrar o uso das câmeras já gera debates, com alguns policiais mostrando resistência e outros defendendo a importância do programa.
Veja o despacho
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