Dois policiais militares de Itapema foram presos após suspeita de exigir dinheiro de Oswaldo Dell’Agnolo, conhecido como o “Lobo do Batel”, para evitar sua detenção. A denúncia surgiu justamente no dia em que a Polícia Militar capturou o foragido, apontado como responsável por um esquema financeiro bilionário. O caso aconteceu no último sábado (7), em um hotel de luxo no bairro Ilhota.
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Segundo a investigação, a primeira equipe enviada ao hotel retornou ao batalhão informando não ter localizado Dell’Agnolo. Horas depois, uma nova chamada confirmou a presença do suspeito no mesmo local. Uma segunda guarnição foi enviada e encontrou o foragido imediatamente.
Durante a abordagem, surgiu a denúncia de que os dois primeiros policiais teriam exigido dinheiro para não realizar a prisão.
Diante da gravidade, o comando determinou a detenção imediata da dupla. Após audiência de custódia, o juiz converteu os flagrantes em prisão preventiva.
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Os policiais agora respondem por prevaricação e concussão, crimes relacionados à extorsão. Eles permanecem custodiados na sede do 31º Batalhão da Polícia Militar de Itapema, enquanto as investigações seguem.
Dell’Agnolo permanece preso na Unidade Prisional de Itapema. No quarto do hotel, a polícia apreendeu mais de R$ 5 milhões em espécie e dólares, além de celulares, relógios de luxo, computador e chaves de veículos.
O suspeito é investigado por fraude que teria causado prejuízos superiores a R$ 1 bilhão a investidores de diferentes regiões do país.

Em nota, a PM de Santa Catarina informou:
“A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), por meio do 31º Batalhão de Polícia Militar (BPM), informa que, na tarde de sábado (5), na cidade de Itapema, dois policiais militares foram detidos suspeitos de terem cometido os crimes de concussão e prevaricação, após o atendimento de uma ocorrência.
A Justiça manteve a prisão preventiva dos militares, até elucidação dos fatos iniciais. Eles ficarão custodiados na sede do 31º Batalhão da Polícia Militar, em Itapema.”
A captura do “Lobo do Batel” começou após informações de que ele estava hospedado discretamente em hotel de alto padrão. Dell’Agnolo estava foragido desde setembro, com mandado da Justiça Federal por organização criminosa e gestão fraudulenta de instituição financeira.
Todo o material apreendido segue para a Polícia Federal, que investiga a origem dos valores e a dimensão do esquema financeiro.







