Na quarta-feira (22), policiais penais e agentes de segurança socioeducativos de Santa Catarina decidiram entrar em estado de greve. A decisão, tomada em assembleia geral, contou com 98,8% de apoio dos participantes. O governo estadual foi informado sobre a medida na sexta-feira (24).
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A categoria cobra uma resposta do governo em relação às condições de trabalho e à falta de diálogo sobre as demandas apresentadas.
Reivindicações da categoria
Ferdinando Gregório, presidente da Ageppen Brasil (Associação dos Policiais Penais do Brasil), afirmou que a categoria já havia enviado suas solicitações ao governo em 22 de outubro de 2024, sem receber retorno.
O principal objetivo da greve é forçar o governo a abrir uma pauta de conversação e apresentar soluções para os problemas enfrentados pelos profissionais.
Entre as principais reivindicações, estão a reestruturação da carreira e a recomposição salarial.
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A Associação dos Policiais Penais e Agentes de Segurança Socioeducativos de Santa Catarina (APPS-SC) destacou nas redes sociais que a falta de valorização e as condições precárias de trabalho têm gerado insatisfação.
A falta de materiais, como uniformes e luvas, e o baixo efetivo são apenas alguns dos problemas enfrentados pela categoria, que tem visto muitos servidores adoecerem devido à sobrecarga de trabalho.
Impacto no sistema prisional de Santa Catarina
Santa Catarina conta com cerca de 3,6 mil policiais penais e 600 agentes socioeducativos, distribuídos em 56 unidades prisionais e 39 unidades que atendem adolescentes infratores.
Se o governo não se manifestar dentro do prazo de 30 dias, uma nova assembleia será realizada no final de fevereiro ou início de março.
Caso não haja avanços, a greve de zelo será deflagrada, o que resultaria em uma limitação nas atividades, como escoltas e serviços médicos.
Possibilidade de greve total
Se as demandas não forem atendidas até 22 de maio, a categoria pode optar pela greve total. Nesse cenário, atividades essenciais como alimentação e atendimento à saúde seriam mantidas, mas o sistema prisional catarinense seria paralisado.
Posicionamento do Governo
A Secretaria de Estado de Justiça e Reintegração Social (Sejuri) se posicionou dizendo estar à disposição para diálogo e reforçou o compromisso com a segurança da sociedade catarinense.
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