Voos de balão em Praia Grande retornam com novas regras de segurança

Depois de uma pausa forçada por tragédia que causou oito mortes, os voos de balão em Praia Grande (SC) retomam nesta terça-feira (1º), com protocolos de segurança mais rígidos. A suspensão ocorreu após o acidente fatal de 21 de junho, que afetou a comunidade do balonismo no Extremo Sul catarinense.

PARTICIPE DO NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA NOTÍCIAS

Em reunião técnica, a AVIBAQ definiu um protocolo com cerca de 25 medidas, incluindo a presença de dois extintores a bordo, checklist obrigatório antes de cada decolagem e a criação de uma comissão meteorológica formada por quatro a cinco pilotos experientes.

Segundo o presidente Murilo Pereira Gonçalves, “as medidas ainda estão sendo listadas … já tem em torno de 25 itens.” Além disso, o protocolo passa por avaliações e assembleias para ajustes finais.

Praia Grande já sediou mais de 40 mil voos de balão desde 2017. Ao todo, cerca de 30 empresas atuam no setor, com 70 balões em operação e uma média de 6 a 8 mil voos anuais.

Aproximadamente 500 pessoas dependem diretamente dessa atividade, que movimenta a economia local e o turismo.

Investigação

A investigação do acidente avança. Na quinta-feira (26), foi feita a reconstituição do voo, com depoimento do piloto Elves de Bem Crescêncio, análise de destroços e exames periciais.

O laudo tinha prazo de dez dias, mas esse cronograma foi suspenso enquanto novos exames são concluídos. Estima-se que o parecer final saia em até 30 dias.

Tragédia

O balão envolvido no acidente transportava 21 passageiros; 13 sobreviveram, enquanto oito faleceram, entre eles adultos de diferentes idades, como

• Leandro Luzzi, 33 anos;
• Andrei Gabriel de Melo, 34 anos;
• Leane Elizabeth Herrmann, 70 anos;
• Janaina Moreira Soares da Rocha, 46 anos;
• Everaldo da Rocha, 53 anos;
• Juliane Jacinta Sawicki, 36 anos;
• Leise Herrmann Parizotto, 37 anos;
• Fabio Luiz Izycki, 42 anos.

A capacidade máxima do balão era de até 27 pessoas ou 2.875 kg.