Uma comitiva de sete senadores, incluindo Esperidião Amin (PP-SC), embarca neste fim de semana aos Estados Unidos em resposta à ameaça de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada por Donald Trump. A missão tem como objetivo sensibilizar parlamentares e associações comerciais americanas, expondo os impactos da medida.
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De acordo com o senador Amin, o propósito é “ganhar tempo” e fortalecer os laços históricos entre Brasil e EUA, especialmente para produtos de alto valor agregado exportados por Santa Catarina, como motores elétricos, peças fundidas, molduras de madeira e carne bovina.
“Nós não somos tão facilmente substituíveis assim”, argumentou Amin. Ele ressaltou que, além do governo negociar o acordo, são as empresas e empresários que “fazem o negócio”, reforçando que a diplomacia parlamentar busca ativar “nossos amigos de infância” no Congresso americano para pressionar o governo Trump.
A comitiva inclui senadores de partidos diversos e regiões variadas:
- Tereza Cristina (PP-MS),
- Marcos Pontes (PL-SP),
- Jaques Wagner (PT-BA),
- Rogério Carvalho (PT-SE),
- Carlos Viana (Podemos-MG) e
- Fernando Farias (MDB-AL).
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O primeiro encontro informal está previsto para o fim de semana, com reuniões formais entre os dias 28 e 30 de julho.
Reagindo a críticas do deputado Eduardo Bolsonaro — que classificou a iniciativa como “perda de tempo” — Amin respondeu com firmeza: “Ele está conhecendo melhor a situação do que nós. Mas no mínimo nós vamos recuperar o tempo perdido”.
A reação do Senado surgiu após forte pressão de parlamentares na Comissão de Assuntos Econômicos e na Comissão de Relações Exteriores, que classificaram a decisão de Trump como “ataque ao comércio, à indústria e ao agronegócio brasileiro”.
A missão diplomática pretende iniciar o diálogo com empresários e, posteriormente, com legisladores norte-americanos, apostando na via parlamentar para tentar reverter ou adiar a aplicação da tarifa de 50%, prevista para 1º de agosto. Será um importante teste à diplomacia econômica brasileira.