A região de Santa Catarina é conhecida em todo o mundo, pelas tempestades que a atingem, sendo considerada o Oeste catarinense, a segunda região mais prejudicada no Planeta. Ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Todas essas questões trazem desafios, para populações, governos e órgãos competentes.
O principal destes pontos são as mudanças climáticas, que estão se tornando um dos desafios mais urgentes e prementes que a humanidade enfrenta atualmente. À medida que o planeta Terra continua a aquecer a taxas alarmantes, os impactos dessas mudanças têm se manifestado em todo o mundo.
Nos últimos meses, a população mundial vem sofrendo eventos climáticos extremos. Em território brasileiro a situação tornou-se caótica em estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Em uma diferença de poucas semanas, uma sequência de tornados atingiu a região, principalmente o Estado gaúcho. Os ventos vieram acompanhados de chuvas torrenciais, que deixaram um rastro de destruição.
Até o momento contabilizou-se 49 mortes no Rio Grande do Sul, resultado da tragédia ocorrida no início deste mês. A situação ganhou contornos, outrora inimagináveis, tornando-se assim, a maior tragédia natural da história gaúcha.
Oeste de SC é a segunda região com mais tempestades no mundo
Enquanto o Rio Grande do Sul era castigado pelas águas, Santa Catarina recebia influência dos ventos fortes. A região do Grande Oeste segue sendo a mais atingida. Segundo Frederico Rudorff, coordenador de monitoramento e alerta da Defesa Civil, essa situação ocorre pela localização da região.
“A região do Oeste de Santa Catarina está muito próxima de um motor de geração de tempestades, que é ali no Paraguai, norte da Argentina. Essa região é mundialmente conhecida como uma das regiões, com a maior propensão de formação de tempestades severas do mundo”.
Rudorff afirma que a região citada ficaria atrás apenas dos Estados Unidos, país que sofre corriqueiramente com a passagem de tornados e ciclones. “Mas é uma região que já foram registradas tempestades mais severas que nos Estados Unidos”, completa.
Muitos dos últimos acontecimentos climáticos, são resultantes da ação do homem e também da força do El Ninõ. Para o profissional, os próximos meses devem ser de atenção redobrada, principalmente o mês de novembro.
Todas essas situações, é claro, são impactos direto das mudanças climáticas que vem ocorrendo. O Painel das Nações Unidas para Mudanças Climáticas – IPCC, apresenta relatórios sobre a situação climática em todo o mundo.
Situações climáticas em SC já eram previstas
Os últimos documentos apresentados pelo órgão, que é um dos mais renomados, já apresentavam que o Brasil passaria por situações adversas. “[…] Tanto do ponto de vista de acontecer inundações, ou ocasiões que a gente tem secas”, afirma Victor Nascimento.
Professor de Relações Internacionais e estudioso do movimento ambientalista, Victor Nascimento destaca que o momento precisa ser observado com atenção. “São eventos climáticos extremos, que tem causado impactos muito graves sobre a população humana, que a gente tem tido mortes, desaparecidos. Isso ascende um alerta, […] eles estão acontecendo em mais intensidade”, afirmou.
Durante a última catástrofe no Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite, afirmou que foi pego de surpresa. Porém, institutos afirmaram, que já haviam emitido comunicados aos órgãos competentes, com certa antecedência.
Nascimento destaca que, existe a necessidade de que sejam elaborados planos de contingência por parte dos governos. Ele afirma que as cidades precisam estar preparadas para situações futuras que aconteçam.
“[…] para que a população se conscientize, de que esse é um problema permanente, não é só um problema ambiental, uma questão verde como se considerava antes. Isso impacta diretamente na vida dos cidadãos. Isso está acontecendo no Brasil e isso está acontecendo em várias partes do mundo”.
Veja outras reportagens sobre o clima no Oeste de SC
Início da Primavera será às 3h50 deste sábado (23)
Municípios podem se cadastrar para receber recursos do antigranizo
Na madrugada deste sábado, 23, o território brasileiro, entra na primavera. A expectativa nesses primeiros dias é de que o calor siga se fazendo presente. Porém, como já observado nos últimos dias, fortes chuvas podem chegar em questão de minutos.