Ainda em desenvolvimento, Projeto da Epagri valoriza e qualifica queijos artesanais de SC. Segundo Telma Tatiana Köene, coordenadora do Programa Gestão e Mercados da Epagri, estão agendadas várias ações que visam apoiar essa cadeia produtiva no Estado.
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Uma das ações será a remodelação das capacitações oferecidas pela Epagri aos produtores de queijo. Para tanto, nove técnicos da Empresa se reuniram entre os dias 12 e 14 de março para reavaliar e atualizar as receitas de queijos e derivados lácteos a serem usadas nas futuras capacitações dos agricultores.
A reunião aconteceu no Centro de Treinamento da Epagri em Campos Novos (Cetrecampos), que vai receber uma unidade de referência em produção de queijos.
Telma acrescenta que um grupo de técnicos da Epagri será capacitado em processamento de leite no Instituto Cândido Tostes, em Minas Gerais.
Segundo ela, a capacitação vai contribuir muito na formação de instrutores, que vão repassar seus conhecimentos aos produtores e qualificar ainda mais os queijos catarinenses.
Também faz parte deste projeto a organização anual de um concurso estadual de queijos artesanais. Neste ano o evento está programado para acontecer em novembro, na região do Alto Vale do Itajaí.
IG destaca queijo artesanal serrano
A Epagri trabalha historicamente para apoiar a produção de queijos artesanais em Santa Catarina. Um dos resultados mais visíveis é a Indicação Geográfica (IG) Campos de Cima da Serra, conquistada pelo queijo artesanal serrano com apoio da Empresa.
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A IG veio em março de 2020 e foi a primeira do Estado. Ela alcança 18 municípios catarinenses e 16 do Rio Grande do Sul. Foi primeira na modalidade Denominação de Origem (DO) para queijos nacionais e a segunda IG interestadual do Brasil.
A certificação representa reconhecimento das especificidades da região e valorização de suas características únicas, beneficiando mais de dois mil produtores nos dois estados do Sul.
O queijo artesanal serrano tem maior percentual de gordura e é feito com leite de vacas de raças de corte ou mista, alimentadas basicamente com pastagens nativas. A textura amanteigada, o aroma e o sabor que se acentuam com a maturação são algumas características que diferenciam esse queijo dos demais artesanais do Brasil.
Para ser queijo artesanal serrano, ele precisa ser produzido na região à qual pertence. Isso porque, além dos fatores culturais, humanos e históricos envolvidos, o clima, o solo, a altitude e a vegetação também contribuem para dar ao queijo um sabor único. Outro fator que diferencia o produto é o processo produtivo, que se caracteriza por um saber-fazer que está sendo transmitido de geração a geração por mais de dois séculos.