De olho nas tendências de inovação e sustentabilidade, Projeto de Hidrogênio Verde (H2V) da Celesc está 40% concluído. Executado em parceria com o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI), o projeto de Pesquisa & Desenvolvimento visa uma fonte de energia limpa que só emite vapor de água e não deixa resíduos no ar.
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A iniciativa foi lançada em agosto de 2023 com o objetivo de desenvolver uma microrrede isolada com sistema especialista de gerenciamento energético em corrente contínua.
Com investimento total de R$ 9,25 milhões e prazo de execução de três anos, integra uma planta fotovoltaica, sistema de armazenamento de energia por baterias, além da produção, armazenamento e geração de energia elétrica por hidrogênio.
Para o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, o projeto representa um marco tecnológico para a Celesc e um passo fundamental na transição energética do Brasil.
“Nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade é refletido em cada etapa desta iniciativa, que promete não apenas reduzir nossa dependência de combustíveis fósseis, mas também abrir novas possibilidades para a geração de energia limpa em todo o país”, diz.
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O diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da Celesc, Elói Hoffelder, afirma que, embora a produção de hidrogênio já seja bem conhecida e utilizada na Europa, o projeto da Celesc representa um avanço significativo no Brasil.
“A replicação da metodologia desenvolvida poderá promover a gestão energética nacional, oferecendo um novo meio de geração de energia limpa e renovável”, diz.
Processo
A microrrede em desenvolvimento será implantada na área rural do município de Faxinal dos Guedes, onde está localizada a Usina Hidrelétrica Celso Ramos, ampliada pela Celesc Geração em 2021.
O município foi escolhido por sua boa incidência de luz solar, essencial para geração de energia fotovoltaica, que será a responsável pela geração de hidrogênio verde.
O gerente do Departamento de Operação e Manutenção da Celesc, Igor Kursancew Khairalla, que também é gerente do projeto, explica que a fonte energética é produzida por meio de um processo químico conhecido como eletrólise, que utiliza corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio da água.
Quando a eletricidade usada nesse processo provém de fontes renováveis, a energia gerada não emite dióxido de carbono, tornando-se uma solução sustentável para a produção de energia.
A tecnologia promete diversas vantagens, como sustentabilidade, escalabilidade, segurança e versatilidade. “Além de não emitir gases poluentes, o hidrogênio verde é um gás leve e armazenável por longos períodos, garantindo segurança energética. Pode ser transformado em eletricidade ou combustíveis sintéticos para usos comerciais, industriais ou de mobilidade”, afirma Igor.
Próximos passos
O projeto está caminhando conforme planejado, com aproximadamente 40% de conclusão. Os próximos passos incluem a montagem do sistema da microrrede no PTI, seguido de testes e validações antes da implantação final em Faxinal dos Guedes, prevista para janeiro de 2026.
A microrrede fornecerá energia elétrica para o serviço auxiliar da Usina Celso Ramos, contribuindo para a alimentação de cargas essenciais à planta geradora.
“Com os principais equipamentos validados, estes serão transportados e o sistema da microrrede será montado no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). Após testes em laboratório e validação da eficácia do sistema, a microrrede será encaminhada para a Usina Celso Ramos”, detalha Igor.
Com a conclusão do projeto-piloto, espera-se que os resultados dessas pesquisas possam ser aplicados em larga escala, beneficiando a população com uma fonte de energia mais limpa e eficiente.