Quebra de dormência em frutíferas de clima temperado, como pêssego, maçã e uva, é um assunto crucial aos fruticultores do Meio-Oeste catarinense, e foi tema de um evento na quinta-feira (20), no município de Videira. Promovida pela ACIAF, por meio do Núcleo de Fruticultura, CREA SC, Epagri, Scientfruti, Basf e AEAC.várias palestras foram realizadas ao longo da manhã no pavilhão da comunidade de linha Aparecida. O evento abordou os desafios climáticos que impactaram a produção local em 2023 e discutiu estratégias para a próxima safra.
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Na oportunidade, especialistas compartilharam conhecimentos, a exemplo da apresentação do Professor e Mestre Charles Seidel, engenheiro agrônomo da Epagri, que discutiu os efeitos climáticos adversos sobre a fruticultura na região. Ele mencionou a transição de El Niño para La Niña, com previsões de menos chuva e temperaturas mais amenas, alertando para possíveis geadas e a necessidade de sistemas de irrigação para controle.
Outro ponto alto do evento foi a palestra do pesquisador aposentado da Epagri José Luís Petri sobre a brotação das frutas de clima temperado. Petri ressaltou a importância desse processo como o início de um novo ciclo produtivo, fundamental para garantir uma boa safra. A qualidade da brotação e floração afeta diretamente a produção, tornando a quebra de dormência uma etapa essencial.
O pesquisador Arlindo Rech Filho, da Epagri em Videira, enfatizou a necessidade de decisões assertivas durante as safras de 2024/2025. Ele destacou que, dado o cenário climático variável, é crucial adotar tecnologias adequadas para a quebra de dormência, especialmente para espécies precoces já em brotação.
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Everlan Fagundes, agrônomo e pesquisador, reforçou a importância do evento para capacitar fruticultores e técnicos. Segundo Fagundes, iniciar bem o ciclo com uma quebra de dormência eficiente aumenta a quantidade de ramos e flores, resultando em maior produção de frutos de qualidade.
O evento sobre quebra de dormência em frutíferas de clima temperado foi um passo significativo para preparar os fruticultores da região do Alto Vale do Rio do Peixe para os desafios climáticos e para a otimização da produção na próxima safra.