O Meio-Oeste catarinense tem ganhado destaque na ovinocultura estadual, tanto na criação quanto no processamento de carne ovina. Dados da CIDASC mostram que, até 11 de julho, foram enviados para abate 9.625 animais de produtores catarinenses. Destes, 5.580 (57,97%) eram do Meio-Oeste. Além disso, 4.221 animais (43,85%) foram processados em frigoríficos da região.
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De acordo com dados do IBGE de 2022, o rebanho de ovinos em Santa Catarina era composto por 348.128 cabeças.
O meio-oeste representava 19,12% deste total, posicionando-se em terceiro lugar em número, atrás das regiões do oeste e serra, que possuem mais municípios.
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No entanto, a participação do meio oeste nos abates formais ultrapassou os 50%, destacando o seu papel na ovinocultura do Estado.
Esses números evidenciam a importância do Meio-Oeste para o desenvolvimento da ovinocultura e sua relevância para a economia regional.
Auxilio aos produtores
No sentido de solidificação das atividades da ovinocaprinocultura a regional do Sebrae meio-oeste tem desempenhado um papel fundamental.
O objetivo da entidade, de acordo com o gerente regional do Sebrae/SC meio oeste, Aloisio Salomon, é auxiliar os produtores na implementação de ações voltadas ao aumento da produtividade, ao fortalecimento das cadeias produtivas e à sustentabilidade do setor.
A ovinocaprinocultura em Santa Catarina, especialmente na região do meio oeste, enfrenta desafios que limitam seu crescimento e desenvolvimento sustentável.
Alguns desses fatores estão relacionados a baixa produtividade, a carência de acesso a tecnologias modernas, dificuldades na gestão das propriedades rurais e a entrada de animais de outros estados para abate. Esses fatores são alguns dos obstáculos que impedem o setor de alcançar todo o seu potencial.
Nesse sentido, o Sebrae tem desde 2017 atuado para auxiliar os produtores.
Com a oferta de consultorias tecnológicas e de gestão, o Sebrae visa ampliar a capacidade produtiva dos criadores da região.
O foco está no aumento do número de matrizes, no melhoramento genético, na eficiência produtiva e na sanidade dos rebanhos.
Além disso, busca-se atender às demandas específicas do mercado de carne de cordeiros e cabritos, incluindo as exigências dos frigoríficos regionais, garantindo, assim, a sustentabilidade e o fortalecimento da cadeia produtiva.
Ovinocultura ganha força em Iomerê com apoio do Sebrae
Em Iomerê, localizado no meio oeste catarinense, a criação de ovinos tem se destacado, especialmente na oferta de carne de alta qualidade. Entre as raças criadas estão Santa Inês, Texel, Île-de-France, Hampshire, Dorper, Poll Dorset e Suffolk, todas reconhecidas pela excelência na produção de carne.
O Secretário da Cooperativa de Criadores de Ovinos e Caprinos do Meio Oeste Catarinense (Coovicap), Douglas Francisco Zardo, ressalta a importância da assistência técnica para o desenvolvimento da ovinocultura local.
“Nós entendemos que, antes de tudo, somos produtores de alimentos. E, sem dúvida, uma das nossas maiores deficiências era a falta de assistência técnica adequada. O Sebrae nos auxiliou nesse sentido”, afirmou Zardo.
Com o apoio do Sebrae, a Coovicap conseguiu reunir produtores, identificar suas necessidades e trazer especialistas para introduzir novas técnicas e conhecimentos no setor.
“Hoje, ao falarmos, por exemplo, em rebanho genético, o município de Iomerê não perde para estado algum do Brasil. O Sebrae, ao trazer pessoas com conhecimento especializado, fez com que os produtores crescessem, evoluíssem e entendessem onde querem chegar com a ovinocultura”, destacou Douglas Francisco Zardo.
Esse trabalho conjunto entre a Coovicap e o Sebrae tem fortalecido a ovinocultura em Iomerê, posicionando o município como uma referência no setor e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva na região.