Dados mostram que o Brasil despeja aproximadamente 1,3 milhão de toneladas de resíduos plásticos no oceano anualmente. Este número alarmante representa cerca de 8% de todo o plástico que chega aos mares globalmente, posicionando o Brasil como o 8º maior poluidor de plástico do mundo e o líder na América Latina.
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Estes números foram revelados no relatório “Fragmentos da Destruição: Impactos da Poluição Plástica à Biodiversidade Marinha Brasileira”, que será lançado pela Oceana, uma ONG dedicada à conservação dos oceanos nesta quinta-feira (17).
O estudo revela que microplásticos foram encontrados em 9 das 10 espécies de peixes mais consumidos globalmente, evidenciando que essa substância já faz parte da dieta humana.
Além disso, a contaminação por plásticos foi detectada em peixes de riachos da Amazônia, onde 98% dos peixes analisados apresentaram plástico em seus intestinos e brânquias.
Os impactos nocivos do plástico nos animais incluem desnutrição, diminuição da imunidade e até morte, expostos a compostos químicos prejudiciais.
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Ademilson Zamboni, diretor-geral da Oceana, expressou a esperança de que os dados do relatório impulsionem políticas públicas voltadas para a redução do plástico no meio ambiente. Ele enfatizou a necessidade de restaurar a saúde dos oceanos e da biodiversidade marinha.
Os cientistas também estão pressionando para que o Projeto de Lei (PL) 2524/2022 seja aprovado. Essa proposta visa implementar uma Economia Circular do Plástico, promovendo a reutilização e a reciclagem.
No entanto, a Oceana alerta que o projeto está parado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado desde outubro do ano passado, dificultando ações efetivas para combater a poluição plástica no Brasil.
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