Nesta quinta-feira, 10 de outubro, celebra-se o Dia Mundial da Saúde Mental. Esta data destaca a importância do diagnóstico e tratamento das doenças psicológicas, além de promover a conscientização sobre saúde mental no trabalho. A Federação Mundial da Saúde Mental instituiu a data em 1992.
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Atualmente, o Ministério da Saúde informa que uma em cada oito pessoas no mundo enfrenta problemas de saúde mental. Essas condições afetam a saúde física, o bem-estar e as relações interpessoais.
Os transtornos de saúde mental têm levado muitos brasileiros a solicitar afastamento do trabalho. Em 2023, o país registrou um aumento significativo nos benefícios concedidos por incapacidade devido a esses transtornos.
De acordo com o Ministério da Previdência Social, foram concedidos 288.865 benefícios, representando um aumento de 38% em relação a 2022, quando o número foi de 209.124.
Em 2021, foram 200.244 benefícios. Esses números incluem tanto benefícios por incapacidade temporária quanto permanente.
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Paralelamente, um estudo do ADP Research Institute, que entrevistou 32.612 trabalhadores em 17 países, revelou que 64% dos brasileiros se sentem confortáveis para discutir saúde mental no trabalho.
Isso destaca a importância crescente do debate sobre saúde mental nas empresas.
O Perigo do Burnout
Um dos principais desafios contemporâneos é a síndrome de Burnout. Essa condição é caracterizada por exaustão física, emocional e mental, resultante do estresse no trabalho. Um estudo da Universidade Federal Fluminense indicou que o Brasil é o segundo país com mais casos de burnout no mundo.
Recentemente, a Organização Mundial da Saúde reconheceu os efeitos do estresse crônico como uma doença ocupacional. A psicóloga Cristina Navalo explica que Burnout não é apenas o resultado do excesso de trabalho, mas também de fatores como sobrecarga de responsabilidades e ambientes pouco saudáveis.
Diante desse cenário, é vital que empresas e colaboradores unam esforços para prevenir problemas de saúde mental antes que se tornem insustentáveis.
Direitos e Prevenção
Otávio Pinto e Silva, professor da Faculdade de Direito da USP, discute como empresas e trabalhadores lidam com afastamentos devido à síndrome de Burnout. Ele explica que o contrato de trabalho é interrompido durante o afastamento, mas isso pode gerar conflitos se a empresa decidir dispensar o funcionário.
Trabalhadores podem contestar essa decisão na Justiça do Trabalho, buscando reintegração ou indenização. O diagnóstico de Burnout requer um exame psíquico, muitas vezes realizado por um psicólogo ou psiquiatra, que fornece laudos para auxiliar o juiz na decisão.
Esses processos legais destacam a complexidade do tema e a necessidade de políticas eficazes para proteger a saúde mental no ambiente de trabalho.podem além de cumprir a legislação, promover um ambiente mais saudável e produtivo.
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