Nesta segunda-feira (19) a Marinha do Brasil classificou a depressão subtropical como Tempestade Tropical “Akará”, após se intensificar e ganhar características tropicais, desta forma, não deve virar furacão.
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O sistema que havia sido identificado pela Marinha na última sexta-feira (16) na costa do Rio de Janeiro, se encontra em alto mar, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e não deve se aproximar da costa.
Nos próximos dias, conforme se desloca para a região Sul, a Akará perderá força gradualmente, como explica o meteorologista da Epagri/Ciram, Marcelo Martins.
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Entenda
Trata-se de um dos muito raros episódios de uma tempestade tropical, o estágio anterior ao de um furacão em ciclones tropicais, registrados até hoje na costa brasileira.
Akará era uma tempestade tropical em intensificação na madrugada desta segunda (19) na costa do Sul do Brasil. De acordo com o best track da NOAA, a agência de tempo e clima dos Estados Unidos, Akará às 3h desta segunda estava nas coordenadas -29ºS e 42,3ºW com pressão mínima central de 997 hPa, portanto em alto-mar, a Leste do Litoral Norte do Rio Grande do Sul e do Litoral Sul de Santa Catarina.
De acordo com a análise da NOAA por satélites, a tempestade se intensificou de 2.0 para 2.5 na técnica de Dvorak de ciclones tropicais, o que fez com que o sistema fosse elevado de depressão subtropical para tempestade tropical.
Um número 2.5 corresponde a ventos sustentados de 35 nós ou 65 km/h. Um ciclone tropical com ventos sustentados entre 63 km/h e 119 km/h é classificado como uma tempestade tropical. Se os ventos forem acima de 119 km/h, o sistema passa a ser designado como um furacão.
Tempestade tropical Akará
Esta tempestade recebe o primeiro nome da nova lista de ciclones e passa a ser denominado a partir de agora de tempestade tropical Akará, uma espécie de peixe na língua Tupi.
São raros neste século os episódios de tempestades tropicais na costa do Brasil. Houve apenas quatro eventos. Em 2004, antes de ser um furacão, Catarina obviamente passou pelo estágio de tempestade tropical. Em 2010, embora alguns trabalhos acadêmicos classifiquem como tempestade subtropical, a MetSul e parte da comunidade expert em ciclones dos Estados Unidos entende que Anita foi uma tempestade tropical.
Mais recentemente, houve outras duas tempestades tropicais no litoral do Brasil, Iba e outra sem nome. A tempestade tropical Iba, em março de 2021, se formou a partir de um sistema de baixa pressão que se aprofundou após a passagem de uma frente fria na costa da Bahia, mas que não causou estragos.
E a tempestade tropical 01Q, em fevereiro de 2021, um sistema que não foi nomeado pela Marinha do Brasil e que foi classificado como tempestade tropical pela NOAA, quando atuou sem causar danos a uma grande distância da costa na altura dos litorais gaúcho e do Uruguai.
Fonte: SCC 10 – Com informações da MetSul Meteorologia e Secom
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