O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), se manifestou neste domingo (28) sobre a greve dos professores catarinenses. Servidores mantêm mobilização apesar das ameaças do Governo.
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Nas decisões tomadas, Jorginho disse que a descompactação da folha de pagamento é “absolutamente inviável”, já que custaria R$ 4,6 bilhões e violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para o Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública de Ensino do Estado (Sinte-SC), a pauta tem como objetivo reduzir a diferença salarial entre os diferentes níveis de salários da categoria.
Medidas contra a greve
Jorginho Mello (PL) anunciou medidas contra os profissionais que aderiram à greve. Entre elas, a que mais se destaca é o desconto das faltas injustificadas dos professores grevistas. Além disso, o governo estadual diz que vai contratar contratação de professores temporários “para manter as aulas funcionando”.
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O governador de Santa Catarina ainda afirma que a negociação sobre remuneração dos professores só será retomada assim que os professores em greve encerrem o movimento e voltem para as salas de aula. Jorginho Mello (PL) também destaca que está planejando os seguintes investimentos:
- Aumento em mais de 100% o vale-alimentação;
- Revisão do desconto de 14% para aposentados, garantindo que recebam um valor maior todos os meses no benefício;
- Concurso para contratar 10 mil novos profissionais na educação;
- Garantir que todos os professores tenham um horário remunerado fora da sala de aula para planejar conteúdos e preparar provas.
O que pede o sindicato
Segundo o Sinte-SC, sindicato que representa a categoria, as pautas defendidas pela classe e que movem a greve são o reajuste do Piso Nacional na tabela salarial, com descompactação da tabela; anúncio e efetivação do concurso público para o magistério; aplicação da hora atividade para todos os trabalhadores da educação e revogação total do desconto de 14% aplicado na folha de pagamento dos aposentados.
Na região de Videira
A professora Maria Inez dos Santos, mais conhecida como Dandi, integrante da executiva estadual do SINTE na região de Videira, destacou a falta de propostas concretas por parte do governo do Estado e mencionou o lançamento de um vídeo pelo governador Jorginho, que continha várias ameaças, especialmente direcionadas aos professores contratados temporariamente e efetivos.
Dandi ressaltou a importância do sindicato em defender os direitos dos professores, explicando que o jurídico já esclareceu que as ameaças do governo não são legítimas, pois os direitos da categoria são assegurados pela Constituição.
Ela explicou que a mobilização continua forte, especialmente em preparação para um grande ato em Florianópolis na terça-feira (30), onde diversas regionais da educação estão se organizando para participar.
Segundo Dandi, “a greve continua em curso”. Ela ressaltou a importância de os pais manterem seus filhos sob cuidado, pois as aulas serão reprogramadas para uma data posterior.