O Tribunal de Justiรงa de Santa Catarina (TJSC) declarou, nesta quarta-feira (5), a inconstitucionalidade da Lei da Escola Sem Partido. A norma, sancionada pelo governador Jorginho Mello (PL), foi considerada uma violaรงรฃo das liberdades constitucionais de ensinar e aprender, alรฉm de afetar o pluralismo de ideias.
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A aรงรฃo foi movida pelo PSOL (Partido Socialismo e Liberdade). Inicialmente, a Justiรงa havia rejeitado o pedido de inconstitucionalidade, mas o partido recorreu com embargos de declaraรงรฃo.
O advogado Rodrigo Sartoti explicou que o objetivo do recurso era sanar contradiรงรตes na decisรฃo judicial.
O recurso apontou semelhanรงas entre a lei de Santa Catarina e a Lei de Alagoas (Lei nยบ 7800/2018), que foi declarada inconstitucional pelo STF em 2020. A decisรฃo de Alagoas teve nove votos contrรกrios e apenas um favorรกvel.
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O TJSC nรฃo considerou o precedente do Supremo, o que foi destacado no recurso. Sartoti afirmou que reverter o julgamento era quase inevitรกvel.
A Lei da Escola Sem Partido foi sancionada em fevereiro de 2023 e รฉ de autoria da deputada estadual Ana Campagnolo (PL). Ela รฉ uma aliada polรญtica de Mello e foi uma das principais defensoras da norma. A assessoria da deputada nรฃo comentou o caso.
A proposta da Lei gerou controvรฉrsias, principalmente por impor restriรงรตes ao conteรบdo polรญtico nas escolas.
Alรฉm dessa lei, Ana Campagnolo tambรฉm propรดs um novo projeto, em tramitaรงรฃo na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), que exige um curso de neutralidade polรญtica para professores.
O projeto cria o “Programa de Conscientizaรงรฃo sobre รtica Profissional para Servidores da Educaรงรฃo” e prevรช penalidades para docentes que nรฃo participarem do programa.
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