A Vara Criminal da comarca de Caçador, decidiu levar a júri popular o homem acusado de matar e ocultar o corpo da advogada Karize Fagundes. A decisão judicial considerou que há indícios suficientes de autoria e materialidade do crime, justificando a pronúncia do réu.
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O crime chocou a comunidade local e foi investigado como feminicídio, por ter sido motivado por ciúmes e sentimento de posse. A vítima estava em processo de recuperação cirúrgica, com a saúde debilitada, e não teve condições de se defender.
Com a decisão, o acusado será julgado pelo Tribunal do Júri em data ainda a ser definida. O processo tramita em segredo de justiça.
Feminicídio ocorreu em setembro de 2024
De acordo com o Ministério Público, o crime aconteceu entre os dias 28 e 29 de setembro de 2024, na casa onde o casal vivia. O acusado teria enforcado a vítima com uma corda de sisal. A motivação do crime, segundo a denúncia, seria o ciúmes e a tentativa de controle sobre a companheira.
A brutalidade do ato se agravou pelo fato de a mulher estar fisicamente fragilizada e sem capacidade de reação. O crime foi classificado como homicídio qualificado por motivo torpe, asfixia, uso de meio que dificultou a defesa da vítima e feminicídio.
Após cometer o assassinato, o homem tentou esconder o crime, o que levou à inclusão do agravante de ocultação de cadáver no processo.
Corpo foi encontrado em área de mata no Paraná
Após o feminicídio, o acusado levou o corpo da vítima para uma área de mata próxima ao município de Palmas, no Paraná. Os restos mortais só foram encontrados em 8 de novembro de 2024, mais de um mês depois do desaparecimento, enrolados em um cobertor.
A localização só foi possível graças à análise de dados extraídos de dispositivos eletrônicos do réu, como celular e outros equipamentos apreendidos. Informações de geolocalização, mensagens, áudios e imagens ajudaram a reconstituir o trajeto feito por ele após o crime.
Prisão em flagrante confirma posse de pertences da vítima
O homem foi preso em flagrante no município de Guaíra, também no Paraná. No momento da prisão, ele estava com diversos pertences de Karize Fagundes, o que reforçou os indícios de sua participação no crime.
O inquérito policial reuniu provas técnicas, como registros digitais e periciais, que corroboraram a versão apresentada pelo Ministério Público. O conjunto de evidências levou o juízo da Vara Criminal de Caçador a determinar a realização do julgamento popular.
Caso de feminicídio será julgado em Caçador
O réu responderá por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça entendeu que os elementos apresentados até o momento são suficientes para o julgamento no Tribunal do Júri, cuja data ainda será agendada.
O caso é mais um entre os inúmeros feminicídios que continuam a ocorrer no Brasil, revelando a gravidade da violência contra a mulher. O processo segue em sigilo, respeitando a legislação e os envolvidos. O caso Karize Fagundes comoveu a comunidade caçadorense e diversas regiões do Brasil.
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