A investigação sobre o acidente de balão que resultou na morte de oito pessoas em Praia Grande, no Sul de Santa Catarina, teve novos desdobramentos nesta quinta-feira (26). A Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Científica, encontrou no local do acidente o maçarico utilizado para acender as chamas do balão e o extintor que supostamente falhou durante a ocorrência.
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Esses dois itens eram os vestígios que faltavam para avançar com a análise pericial. Ainda nesta quinta, foi realizada uma reconstituição do acidente, com o piloto apresentando, na prática, sua versão dos fatos aos peritos.
Após a reconstituição, os policiais se deslocaram até a Secretaria de Obras do município, onde os destroços do balão foram analisados. O delegado Rafael Chiara, responsável pelo inquérito, destacou que mais de 20 pessoas já foram ouvidas, incluindo sobreviventes, testemunhas e o proprietário da empresa que fabricou o balão.
“A parte de oitivas está encerrada. Estamos no aguardo do laudo da perícia”, afirmou o delegado.
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Os peritos agora irão avaliar imagens, os vestígios recolhidos e realizar exames técnicos no maçarico e no extintor. A previsão é que o laudo pericial seja concluído em até 30 dias.
A diligência contou com a atuação de peritos dos núcleos de Laguna, Tubarão, Araranguá e do Departamento de Engenharia Forense. Entretanto, ainda há pontos sem resposta, como a forma como os equipamentos foram manuseados no momento da queda e a dinâmica da aterrissagem que permitiu que 13 pessoas saíssem do cesto, enquanto outras oito permaneceram e morreram.
“Preliminarmente podemos dizer que houve um impacto, mas não há fotos ou vídeos das pessoas sendo ejetadas. Isso dificulta a comprovação. Tecnicamente, ainda não temos vestígios que sustentem essa hipótese”, explicou Eron Freitas, perito da Polícia Científica.
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