Teve início nesta terça-feira (8), em Tangará, o júri popular do caso Vanessa Martins, marcado por forte comoção e grande presença de público no fórum da comarca. O julgamento é considerado um dos mais aguardados e intensos do ano na região.
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O primeiro dia foi marcado por longas horas de depoimentos, contradições e embates entre as partes. A sessão começou com o interrogatório de duas testemunhas presenciais, seguido pela exibição de cinco oitivas em vídeo, gravadas ainda na fase inicial das investigações. Esses relatos foram considerados fundamentais para reconstituir os momentos anteriores e posteriores ao crime.
Em seguida, os três réus foram ouvidos em plenário. Todos apresentaram mudanças em relação às versões dadas anteriormente, o que gerou surpresa e tensão. As novas versões levantaram suspeitas sobre a estratégia da defesa e fortaleceram a linha de argumentação do Ministério Público.
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A acusação foi conduzida pela Promotora de Justiça Thayse Göedert Pauli e pelo assistente de acusação João Carlos Oltramari. Ambos apresentaram provas materiais e testemunhais que, segundo eles, confirmam a responsabilidade dos réus no assassinato de Vanessa Martins.
Já os três advogados de defesa tentaram reduzir as possíveis penas de seus clientes. Cada um buscou desqualificar parte das provas apresentadas e apresentar contextos que pudessem justificar ou atenuar a participação dos acusados.
Com o ambiente carregado de tensão, o Ministério Público solicitou o direito à réplica, que foi autorizado. A manifestação da acusação segue na manhã desta quarta-feira (9), com até duas horas de duração. Em seguida, a defesa terá direito à tréplica, com o mesmo tempo disponível.
A expectativa é que, ao fim da tarde, o Conselho de Sentença se reúna para definir o veredito e decidir o destino dos três réus.
Relembre o caso Vanessa Martins
Vanessa Martins, de 29 anos, desapareceu em julho de 2023, após sair para um encontro. Dias depois, o corpo da jovem foi encontrado em uma área de mata, com sinais de violência.
As investigações apontaram que ela foi vítima de um crime brutal, envolvendo três suspeitos que agora estão sendo julgados.
O caso gerou forte comoção na comunidade e motivou manifestações pedindo justiça.
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