Entre frutas, verduras, flores, temperos e ervas medicinais, o morador Jair Bajuk, do bairro Berger, em Caçador (SC), mantém um verdadeiro jardim produtivo e sustentável no quintal de casa. São mais de 100 espécies diferentes cultivadas com dedicação e carinho, em um espaço que une beleza, saúde e amor pela natureza.
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O RBV Agro esteve no local para conhecer de perto o trabalho desse apaixonado pela terra, que há 18 anos mora na residência e desde então vem transformando cada cantinho em área verde. “Quando vim morar aqui era só aterro. Mas sempre gostei de lidar com a terra. Fui ajeitando, plantei grama, flores, árvores e fui preenchendo os espaços com plantas”, conta Bajuk, enquanto mostra orgulhoso suas produções.
No quintal, há de tudo um pouco: pés de couve, alface, feijão de vagem, pêssego, ameixa, figo, araçá, abacate, abacaxi (o famoso naná), além de uma infinidade de ervas e temperos, como manjerona, hortelã, louro, babosa, cavalinha, cidreira, salsa e malva. Há também espécies exóticas e frutíferas que Bajuk trouxe de outras regiões, como o feijão de vagem e o xim xim, fruta que ele chama de “laranjinha do céu”.
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“Meu xodó é o xim xim e o romã. Essa laranjinha é pequenininha e a gente come com casca e tudo. É uma delícia”, comenta.
Além de produzir para consumo próprio, Bajuk faz questão de dividir as colheitas com os vizinhos e amigos. Tudo é cultivado de forma orgânica, sem uso de agrotóxicos. “Aqui não tem química nenhuma. Quando dá algum pulgão, eu arranco a planta, lavo com sabão e replanto. Também faço compostagem com restos de frutas e folhas. É o melhor adubo que tem”, explica.

O quintal de Bajuk também é abrigo para pássaros e insetos, com a presença constante de beija-flores, sabiás e corruíras, que fazem ninhos entre as plantas e árvores. “A natureza está sempre presente. De manhã cedo é um canto só, e isso é o que dá vida pra gente”, diz.
A paixão pela terra e o contato diário com as plantas se tornaram um estilo de vida e um remédio natural. “Depois que me aposentei, me disseram que eu ia ter depressão. Mas quem trabalha com a terra não tem tempo pra isso. É um passatempo, uma terapia. A gente planta, colhe, aduba e cuida — isso dá alegria”, afirma sorrindo.
Jair Bajuk pretende seguir expandindo seu jardim e até pensa em catalogar as plantas que cultiva, para que outras pessoas possam conhecer e aprender sobre cada espécie. “Quero fazer um cantinho especial aqui atrás, com plaquinhas e nomes, pra quem vier visitar saber o que é cada planta. É um jeito de ensinar e de mostrar que qualquer espaço pode virar um pedacinho verde”, planeja.
Enquanto o som dos pássaros ecoa e o cheiro das ervas se mistura no ar, o quintal do Bajuk mostra que é possível produzir, preservar e viver bem com a natureza, mesmo dentro da cidade.





