Todo o lixo que produzimos durante o nosso dia — seja em casa, na indústria, no comércio ou nas ruas — precisa ir para algum lugar. E é justamente nesse “depois” que está um dos maiores desafios ambientais do planeta. Separar corretamente resíduos orgânicos daqueles que podem ser reciclados é uma ação simples e individual, mas que impacta coletivamente toda uma cidade, todo um ecossistema, e contribui diretamente para o combate às mudanças climáticas.
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Segundo Ricardo Testolin, da VT Engenharia, o caminho para reduzir danos ambientais começa pela forma como lidamos com aquilo que descartamos. Ele lembra que a reciclagem é um dos pilares centrais para preservação ambiental, e que durante eventos como a COP, o tema ganha ainda mais força e responsabilidade.
“Quando buscamos as causas da mudança climática, existe uma série de fatores. Entre eles está a gestão inadequada de resíduos, que também é uma fonte geradora de gases de efeito estufa. Hoje destinamos corretamente cerca de 3.500 toneladas por mês de resíduos urbanos e industriais, garantindo tratamento adequado e evitando impactos negativos à natureza.”
A gestão dos resíduos, segundo Testolin, também faz parte do conceito de saneamento e, consequentemente, de saúde pública. Uma cidade limpa não é apenas mais agradável visualmente; ela é mais segura, reduz vetores de doenças, evita proliferação de pragas e fortalece políticas de prevenção.
Sustentabilidade no Meio-Oeste: descarte correto do lixo ganha força em Videira; assista
Videira e o saco roxo: uma mudança cultural necessária
Em Videira, a coleta seletiva ganhou ainda mais força com a implementação, há quase um ano, dos sacos lilás/roxos para identificar o lixo reciclado. Essa diferenciação facilita o reconhecimento do material e agiliza o trabalho das equipes de coleta. Porém, ainda existe falta de conscientização sobre o que pode ou não entrar ali.
Fábio Tercy, responsável pelo projeto dentro da Visan, reforça que a embalagem serve exclusivamente para papel, plástico, vidro e metal. “Ainda encontramos restos de jardinagem, pedaços de alimentos e lixo orgânico sendo colocados nos sacos roxos. Isso compromete o processo. A embalagem é específica para materiais recicláveis”, aponta.
Esse detalhe interfere diretamente em toda a cadeia. Se a separação não começa em casa, o resultado se perde antes mesmo de chegar aos centros de triagem.
Indústrias também fazem parte da mudança
A Videplast — empresa referência na região e integrante ativa do Comitê ESG — destaca que o plástico, quando usado com responsabilidade, pode ser aliado da economia circular. Para Bruna Denardi, diretora e integrante do comitê ESG da indústria, a transformação começa na consciência: entender que todo resíduo tem potencial de retornar como novo produto.
“O plástico é resistente, versátil e totalmente reciclável quando utilizado de forma consciente. Ele permite maior durabilidade e segurança no transporte dos produtos e pode voltar ao ciclo produtivo, reduzindo desperdício e impacto ambiental. As soluções que a Videplast desenvolve são pensadas com compromisso de inovação e sustentabilidade. Queremos gerar valor para o planeta e para as pessoas”
Dentro do município, a empresa também mantém pontos de coleta para materiais que podem ser reaproveitados e que, descartados de forma incorreta, podem se tornar fontes de contaminação e poluição.






