A Polícia Civil de Santa Catarina solucionou, em menos de 10 horas, um caso que começou como um suposto sequestro e terminou revelando uma trama ainda mais complexa. A investigação esclareceu que uma mulher de 33 anos simulou estar em cativeiro para extorquir familiares e amigos, mas acabou sendo enganada pela própria comparsa, que planejava sequestrá-la de verdade.
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A mãe da mulher, moradora de Florianópolis, procurou a polícia na manhã de quinta-feira (20). Ela relatou que a filha era dependente de jogos on-line e acumulava dívidas com agiotas do Rio Grande do Sul.
Segundo contou, a filha havia saído na noite anterior e, ao amanhecer, ela passou a receber mensagens de um número desconhecido exigindo R$ 7 mil.
Nas mensagens, diziam que a mulher estava sequestrada e enviavam imagens dela supostamente rendida.
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Com o alerta, a Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS/DEIC) iniciou a investigação imediatamente.
Os agentes descobriram que a “vítima” passou a noite em boates da Capital, acompanhada de uma mulher de 32 anos. Durante a manhã, ambas seguiram viagem em direção ao Rio Grande do Sul, em um carro que chamou a atenção das equipes de monitoramento.
Após diligências, a dupla foi localizada em um posto de combustíveis às margens da BR-101, em Içara. No primeiro momento, os policiais identificaram que as duas haviam combinado a simulação do sequestro com o objetivo de obter dinheiro de familiares e conhecidos.
Porém, a investigação deu uma reviravolta.
A mulher de 32 anos, proprietária de um prostíbulo em Porto Alegre, confessou ter planejado uma emboscada.
Segundo a apuração, ela pretendia levar a comparsa para um local que serviria como cativeiro, onde ela seria realmente sequestrada para pagamento das dívidas.
Assim, o caso evoluiu de um falso sequestro para a descoberta de um crime real em andamento.
As duas envolvidas foram presas e autuadas por extorsão. Elas serão apresentadas à Justiça nesta sexta-feira, durante audiência de custódia.






