Os registros de “stalking” (ou perseguição) mais do que dobraram em Santa Catarina no ano de 2022. Segundo dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na quinta-feira (20), o estado passou de 1.576 casos em 2021 para 3.313 no ano passado – um crescimento de 110%.
Com o número, Santa Catarina alcançou o 4º índice do país com mais casos em número absoluto, atrás apenas de São Paulo (17.079), Rio Grande do Sul (5.424) e Paraná (4.801).
O “stalking”, que é o ato definido por lei como crime de seguir alguém repetidamente e por qualquer meio, ameaçando a integridade física ou psicológica da vítima” virou crime em 2021.
Antes da data, porém, a prática era enquadrada como contravenção penal, que previa o crime de perturbação da tranquilidade alheia.
Agora, a lei prevê a pena de seis meses a dois anos de prisão para quem for condenado, mas pode chegar a 3 anos com agravantes, como crimes contra mulheres.
Em Santa Catarina, uma jovem de 25 anos foi uma das primeiras vítimas de stalking a ter o caso instaurado no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Moradora do Oeste catarinense, ela teve o caso denunciado em 2021, após o crime virar lei no país.
Em entrevista ao g1 em maio de 2022, a mulher afirmou que só saia de casa acompanhada e que parou de fazer diversas atividades por conta da perseguição que sofreu. “Medo é a palavra”, disse, sem querer se identificar.
Segundo o anuário, o monitoramento desse tipo de crime é fundamental, pois, “dado que o stalking é fator de risco para a ocorrência de feminicídios”.
Segundo a publicação, a perseguição no meio digital tem sido apontada como fator de risco para a violência, indicando que a tecnologia facilita o controle e a violência onipresente.
Como denunciar
- WhatsApp: (48) 98844-0011
- Disque 100 ou através do número 182
- Delegacia virtual: https://delegaciavirtual.sc.gov.br/